A polêmica da contratação de Neymar ainda não chegou ao fim. O clube catalão e seu ex-presidente Sandro Rosell foram indiciados pela procuradoria espanhola por irregularidades na negociação com o atleta e devem responder por crimes contra o Tesouro nacional.
O procurador da Audiência Nacional, principal tribunal penal da Espanha, considerou o ex-presidente culpado por três crimes. Já o Barcelona responderá por duas irregularidades por te supostamente declarado um preço mais baixo do que o realmente pago pelo brasileiro.
"O valor pago pela aquisição do jogador é avaliado em 82.743.485 euros, divididos em vários contratos, que foram ocultados por levar outras denominações, como o pagamento de comissões ou parcerias comerciais com o Santos ou a empresa do pai do jogador", disse o procurador, mostrando indícios de que a contratação do jogador custou mais que 57 milhões de euros aos cofres do clube.
A procuradoria também afirmou que o Barcelona deixou de pagar mais de 12 milhões de euros em impostos, o que deixaria o custo total da negociação em 94,8 milhões. Josep María Bartomeu, atual presidente do clube, também seria indiciado junto do Barça por uma suposta fraude fiscal que pode chegar a 2,8 milhões de euros em 2014.
Rosell havia declarado, no ano passado, que a transferência custou 57 milhões, sendo 17 deles destinados ao Santos e 40 à N&N, empresa do pai de Neymar.
A história – Neymar foi contratado pelo Barcelona no meio de 2013. Após o clube catalão anunciar que havia pago cerca de 286 milhões de euros pelo jogador, o pai e empresário do atleta admitiu ter recebido 40 milhões de euros na negociação.
Além da questão dos valores, a empresa N&N e o Barcelona já haviam entrado em acordo em 2011. O pai de Neymar disse que o valor recebido na ocasião foi um adiantamento, embora a declaração tenha gerado dúvidas no Santos, que entrou na justiça para ver o contrato com o Barcelona.