No sábado, logo após a vitória por 3 a 0 sobre o União Frederiquense, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., negou que houvesse uma proposta oficial do futebol chinês pelo centroavante Barcos. Tratando apenas como uma “sondagem empresarial”, Bolzan disse que nada impediria que o Tricolor analisasse uma oferta, desde que ela viesse. No domingo, porém, as palavras ganharam outra figura.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o diretor de futebol Rui Costa admitiu que o Changchui Yatai fez uma proposta para ter o Pirata. No entanto, antes de aceitá-la, o Grêmio e o jogador deverão ter extremo cuidado para avaliar todas as questões que envolvem o negócio.
“Ela precisa ser analisada com todo o cuidado, pois tem atender a uma série de conveniências. Por toda a importância que o Barcos dá ao Grêmio como pelo que ele dá ao Grêmio, é uma parceria muito consolidada. A negociação precisa atender todas as partes, pois envolve uma série de coisas”, resumiu Costa.
O Grêmio é dono de 85% do passe de Barcos. Confirmados os valores apresentados, o Tricolor receberia R$ 8 milhões pela negociação. O Palmeiras, dono de outros 15%, ganharia cerca de R$ 1,4 milhão. Para a negociação ser concretizada, o Pirata terá de abrir mão de R$ 2,5 milhões que o Tricolor deve a ele, relativos a direitos de imagem. Na China, ele receberia o dobro em relação ao que ganha em Porto Alegre. A identificação com a torcida gremista, porém, pesa. Em dois anos, foram 113 jogos e 45 gols.
A saída ou não do argentino, mesmo que a proposta chinesa seja eventualmente negada, deve ser definida nos próximos meses. Isto porque o contrato de Barcos com o Grêmio se encerra em fevereiro de 2016. Caso o argentino saia, Marcelo Moreno, cujo vínculo com o Tricolor expira em dezembro, deve ser procurado para renovar contrato.