O ex-jogador português, Luís Figo, anunciou esta quarta-feira que pretende se candidatar à presidência da Fifa este ano. Grande referência na Seleção Portuguesa, Figo alegou que o momento atual é o mais adequado para realizar mudanças na entidade máxima do futebol.
“Tenho conversado com muita gente importante no futebol e acredito que algo que mudar na Fifa, na sua liderança, no seu governo e em sua transparência. Acho que chegou o momento certo”, afirmou em entrevista ao canal CNN.
“No passado, trabalhei em vários locais como, por exemplo, na Inter, na Seleção Portuguesa e na Uefa, e tenho o apoio necessário de cinco federações diferentes. Posso dizer que sou um candidato real”, justificou Figo, garantindo ter todas as condições necessárias para a candidatura, que incluem receber o apoio de cinco federações nacionais, além de ter exercido alguma atividade relacionada ao esporte em dois dos últimos cinco anos. Ainda, o português disse que sua decisão veio após a investigação dos países-sede das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
“Foi depois de ter vindo a público as investigações das candidaturas da Rússia e do Quatar”, e emendou: "Eu tenho conversado com muitas pessoas importantes no futebol – jogadores, técnicos, presidentes de federações -, e eles todos pensam que algo ter que ser feito. No ano passado fui à Copa do Mundo, eu estava no Brasil e vi a reação de todos os torcedores quanto à imagem da Fifa, e eu pensei que algo tem que ser feito".
O ex-jogador também criticou o fato da Fifa ter impedido que o relatório da investigação fosse publicado. "Depois que essa investigação não foi publicada, eu penso que era o momento de mudança e de que algo tinha que ser feito. Se você é transparente e se você pede por uma investigação, um processo, em que você tem nada para esconder, por que você não torna público esse relatório? Se você tem nada para esconder sobre isso, você tem de fazer isso", declarou.
Figo afirmou que não será fácil derrotar o atual presidente, Joseph Blatter, mas que, ainda assim, é algo possível. “Eu penso que ninguém é intocável nesta vida. Se você pensa assim, você está errado. É claro que estamos falando de uma pessoa que lidera esta organização há muito tempo, desde 1998. Muitos acham que ele é o favorito, e posso dizer que será um grande desafio convencer as pessoas a me seguirem e me garantirem o seu apoio”, disse.
Caso todas as candidaturas à presidência da Fifa sejam confirmadas, Figo deverá concorrer ao cargo juntamente de Jerome Champagne, ex-dirigente da entidade, o príncipe da Jordânia Ali Bin Hussein (atual vice-presidente), o também ex-jogador David Ginola, além do próprio Joseph Blatter. Todos os candidatos devem apresentar as exigências necessárias até esta quinta-feira, 29 de janeiro.