Um dos orgulhos de Mano Menezes em sua segunda passagem pelo Corinthians era ter dado mais mobilidade ao centroavante peruano Paolo Guerrero. Novamente sob o comando de Tite no início de 2015, no entanto, o jogador ganhou a companhia de Emerson Sheik e voltou a sair menos das áreas rivais.
“O Guerrero pode jogar dos dois jeitos e produzir bem. Em algumas situações, a equipe vai precisar que ele fique centralizado, como agora. É algo benéfico”, disse Tite, que festejou dois gols do peruano na vitória sobre o Bayer Leverkusen, no sábado, pela Copa Flórida.
Apesar de Guerrero ter sido eleito o melhor jogador do torneio, o técnico também evitou elogios exagerados a ele, como Mano Menezes fez em alguns momentos. “Sei que as pessoas costumam olhar a jogada terminal, mas existe o trabalho de toda uma equipe”, discursou.
Tite não quer saber nem mesmo da polêmica renovação de contrato de Guerrero. Enquanto Mano dizia que determinados jogadores serviam como exceções à regra de teto salarial, o atual comandante do Corinthians prefere não se intrometer nos problemas diretivos.
“A minha alçada não é essa. A hierarquia não permite que eu interfira. Não sou manager, e sim um técnico de futebol envolvido com o que acontece no gramado”, esquivou-se Tite, que certamente não quer perder o seu artilheiro – independentemente de como ele atuar.