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Hamilton vence corrida caótica em Interlagos e adia título de Rosberg

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Não foi no caótico GP Brasil em que Nico Rosberg conquistou o que seria o seu inédito título do Mundial de Fórmula 1. Sob muita chuva, que atingiu São Paulo desde o amanhecer deste domingo, Lewis Hamilton cruzou a linha de chegada do Autódromo de Interlagos em primeiro lugar e adiou a entrega do troféu para o companheiro de Mercedes, segundo colocado da prova. O jovem holandês Max Verstappen, da Red Bull, foi o destaque da corrida ao conseguir várias ultrapassagens e terminou em terceiro.

Pole position em Interlagos, o piloto britânico aproveitou-se da presença do safety car em cinco momentos da disputa para manter a ponta com tranquilidade, já que não podia ser atacado por quem vinha de trás. Sem o empecilho do spray de água por ter largado em primeiro, Hamilton disparou na frente para obter sua primeira vitória no histórico traçado paulistano, onde foi campeão em 2008. De quebra, atingiu o 52º triunfo em sua carreira, ultrapassou o francês Alain Prost, tornando-se o segundo maior vencedor da categoria, só atrás de Michael Schumacher, que foi ao lugar mais alto do pódio 91 vezes.

Quem não se deu nada bem com a pista molhada foi Felipe Massa. O brasileiro da Williams bateu na entrada dos boxes e abandonou a corrida na 48ª volta, em sua última participação no GP Brasil como piloto da F1, já que se aposentará da categoria ao final da temporada. Por outro lado, Felipe Nasr aproveitou a confusão para levar sua Sauber ao nono lugar após sair em 21º, somando seus dois primeiros pontos no campeonato.

Com o resultado, Hamilton chegou aos 355 pontos, abreviando de 19 para 12 a vantagem do líder Rosberg. Sendo assim, a decisão do título acontecerá somente na última etapa do Mundial, em Abu Dhabi, marcada para o dia 27 deste mês. Apesar de ver Lewis vencer os últimos três GPs, o alemão segue em situação relativamente confortável na tabela de classificação, garantindo a taça com um segundo lugar nos Emirados Árabes Unidos.

Dilúvio, safety car e caos: bom para Hamilton

Em função da insistente chuva que encharcou o traçado paulistano, a largada foi puxada pelo safety car para diminuir a quantidade de água na pista. Ainda com a visibilidade prejudicada – motivo de reclamação de todos os pilotos no início da corrida -, os carros foram liberados para acelerar após sete voltas.

Pole position, Lewis Hamilton não foi ameaçado por Rosberg e disparou na ponta, enquanto Max Verstappen aproveitou para ultrapassar Kimi Raikkonen e assumir o terceiro lugar. O drama da Ferrari continuou com Sebastian Vettel, que rodou e foi para os boxes, voltando em 17º. Penúltimo do grid, Felipe Nasr foi quem mais alçou posições, atingindo o nono lugar após 11 giros. No entanto, seu xará e compatriota Felipe Massa caiu da 12ª para a 18ª colocação.

Com 14 voltas completadas, a pista teve o volume de água diminuído, o que fez com que vários pilotos trocassem os pneus de chuva (de faixa azul) pelos intermediários (laranjas), como foram os casos dos carros da Red Bull. No entanto, a estratégia demoraria um pouco para se mostrar eficiente, já que o safety car foi chamado de volta à pista devido à quebra da Sauber de Marcus Ericsson, que bateu na entrada dos boxes e abandonou a prova.

Hamilton seguia sem ter a liderança ameaçada. Para Rosberg, a agonia aumentava já que precisava ultrapassar o companheiro de Mercedes para garantir o título em solo brasileiro. Quando o carro de segurança voltou para os boxes após mais cinco giros, o caos se instaurou na corrida, que foi paralisada após Raikkonen bater na reta principal e provocar a bandeira vermelha – a Ferrari do finlandês por pouco não atingiu os carros que vinham de trás.

Dessa forma, a prova foi suspensa e os monopostos foram obrigados a voltar para suas respectivas garagens. Naquele momento, Hamilton, Rosberg e Verstappen apareciam entre os três primeiros. Já os anfitriões Felipe Nasr e Massa ocupavam a sétima e 16ª posições, respectivamente, após 21 das 71 voltas da prova.

Nova bandeira vermelha e protestos da torcida

Para a relargada, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) exigiu que todos voltassem com os pneus de chuva com o intuito de evitar novos acidentes. Após 34 minutos de paralisação para a limpeza da pista, os carros partiram para o reinício da prova novamente atrás do safety car.

Mesmo impedido de tentar ultrapassagens, o britânico Jolyon Palmer, da Renault, tocou a traseira da Toro Rosso do russo Daniil Kvyat e abandonou. Depois de mais oito voltas nessas condições, a bandeira vermelha voltou a ser acionada, gerando protestos dos torcedores, que fizeram sinal de negativo para a decisão dos diretores da prova.

Às 16h02 (de Brasília), mais de duas horas depois de seu início, a corrida foi recomeçada com o carro de segurança puxando a fila pela quarta vez no dia. Depois de duas voltas em fila, o agressivo Verstappen atacou e passou Rosberg na Curva do Sol, assumindo a vice-liderança. Os dois voltariam a se enfrentar logo depois, quando o jovem holandês derrapou na reta principal, permitindo a aproximação do alemão, que apesar do deslize do piloto da Red Bull não conseguiu a ultrapassagem.

Massa se despede com acidente e lágrimas

No pelotão de trás, Massa foi para os boxes para colocar compostos intermediários e cumprir sua punição de cinco segundos por ter desrespeitado a linha do safety car no início da prova, voltando no 16º posto. O brasileiro conseguiu três ultrapassagens, mas na 48ª volta sua Williams derrapou e bateu na entrada dos boxes, deixando a corrida, sua última em solo nacional pela F1.

Ao sair do carro, Felipe foi ovacionado pela torcida e retribuiu o carinho com gestos e carregando a bandeira nacional em sua saída da pista, na qual chorava copiosamente. Entrando nos boxes, foi aplaudido por integrantes de todas as equipes, especialmente os mecânicos e engenheiros da Ferrari, escuderia pela qual foi vice-campeão em 2008.

Estratégia funciona e Mercedes faz dobradinha

O acidente do brasileiro, contudo, forçou a quinta aparição do safety car, que somaria mais sete voltas no circuito. No reinício, Verstappen voltou em 14º, foi agressivo para conseguir novas ultrapassagens, mas não conseguiu se reaproximar das Mercedes, terminando em quarto e escancarando a estratégia falha da Red Bull, que optou por um número maior de paradas.

Na contramão de tal tática, a equipe alemã, já campeã do Mundial de Construtores, não recebeu Lewis e Nico nos boxes e a dupla completou a corrida com pneus de chuva, conquistando nova dobradinha para a Mercedes na temporada.

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