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Ecclestone não garante GP Brasil no calendário de 2017 da Fórmula 1

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O GP Brasil corre riscos de ficar de fora do calendário 2017 do Mundial de Fórmula 1, segundo o diretor executivo da categoria, Bernie Ecclestone. De acordo com o octogenário, questões financeiras seriam os principais empecilhos para a realização da etapa brasileira.

Questionado sobre as chances de o Brasil receber a F1 no ano que vem, o britânico deu um indicativo longe de ser positivo para os fãs da categoria no País. “Eu não apostaria o meu dinheiro nisso, talvez colocaria o seu”, afirmou o dirigente de 86 anos, sempre arisco em suas respostas.

Ecclestone também refutou ter pedido financiamento federal para a realização do GP Brasil ao presidente Michel Temer, com quem teve uma reunião na última quarta-feira, em Brasília.

“Eu não pedi nada a ele. Apenas quis encontrá-lo e ver como ele se sente sobre as coisas em geral. Ele acha que a F1 foi boa para o Brasil, ou não? Provavelmente tem sido boa para São Paulo. Se é boa para o resto do Brasil, que sabe? Eu não tenho ideia do que ele pode fazer como presidente. Este País vive um momento político conturbado. Ele assumiu o cargo recentemente”, contou Bernie, explicando os fatores econômicos que podem inviabilizar a corrida em pista nacional.

“Eles gastaram muito dinheiro para ter os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, e São Paulo sofreu um pouco com isso. O promotor tentou seguir com a corrida e, lucrando ou não, não saíram no prejuízo. Então, no fim, quem saiu perdendo fomos nós, porque eles não podem nos pagar”, esclareceu.

Por fim, Bernie Ecclestone ainda criticou o atraso na reforma no Autódromo de Interlagos, onde acontece o GP Brasil neste final de semana, que pode culminar com Nico Rosberg campeão da temporada 2016. “Deveria ter ficado pronta há quatro anos, nosso contrato com eles aponta que deveria ter sido assim”, completou.

Além da corrida brasileira, que integra o calendário da categoria desde 1972 de forma ininterrupta, o GP da Alemanha também corre sérios riscos de não acontecer no ano que vem por conta de problemas comerciais, na avaliação do chefe da F1. Uma reunião do Conselho Mundial de Automobilismo, marcada para o fim de novembro, deverá definir tais incógnitas.

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