No jogo de despedida do atacante Gabriel, que acertou a sua ida à italiana Internazionale e foi a campo apenas no segundo tempo, o Santos acabou surpreendido pelo Figueirense na Vila Belmiro, na manhã deste domingo. O time da casa atacou durante quase todo o tempo, mas sofreu um gol em pênalti convertido pelo centroavante Rafael Moura, no princípio da etapa complementar, e amargou a derrota por 1 a 0.
O resultado manteve o Santos com 36 pontos ganhos no Campeonato Brasileiro e fora da zona de classificação à Copa Libertadores da América. Já o Figueirense, que evoluiu sob o comando do técnico Tuca Guimarães, subiu para 24 pontos e ganhou um respiro na luta travada contra o rebaixamento.
O Santos terá tempo para se reabilitar do tropeço diante da equipe catarinense. Voltará a atuar pelo Brasileiro apenas em 8 de setembro, contra o Internacional, no Beira-Rio. Pela Copa do Brasil, o jogo de volta contra o Vasco será no dia 21, em São Januário – a ida terminou com vitória santista, por 3 a 1.
Por sua vez, o Figueirense terá compromisso pela Copa Sul-americana logo nesta quarta-feira. Após fazer 4 a 2 sobre o Flamengo em Florianópolis, o time de Tuca Guimarães reencontrará o oponente carioca em Cariacica. Pelo Brasileiro, o duelo com o também rubro-negro Atlético-PR será em 7 de setembro, no Orlando Scarpelli.
O jogo – Atuando na Vila Belmiro, com o apoio de sua torcida, o Santos não se importou com o forte calor que fazia no litoral paulista e tomou a iniciativa de atacar o Figueirense. Para levantar o público, Lucas Lima mostrava bom entrosamento com Victor Ferraz do lado direito, com direito a um bonito chapéu sobre Elicarlos no princípio da partida.
Contido, o Figueirense soube barrar as investidas do Santos e apostou nos chutes de longa distância para encurtar o caminho para o gol, vez ou outra assustando o goleiro Vanderlei. O time visitante, no entanto, sofreu duas baixas ainda no primeiro tempo – Marquinhos e Elicarlos se machucaram, cedendo espaço para Bruno Alves e Jefferson.
Antes da segunda substituição da equipe catarinense, o Santos quase inaugurou o placar em uma cobrança de falta de Ricardo Oliveira, aos 14 minutos. A bola desviou em Rafael Moura, que estava na barreira, e acertou o travessão.
Dez minutos mais tarde, o time da casa queria que uma nova oportunidade em jogada de bola parada fosse da marca da cal. Victor Ferraz fez um cruzamento da direita, dentro da área, e a bola bateu na mão de Bruno Alves. O árbitro Bruno Arleu de Araújo considerou o lance legal, revoltando o público santista.
Com o passar do tempo, o Santos se mostrou frustrado por não reverter os mais de 70% de posse de bola que tinha na partida em perigo para o Figueirense. O time de Dorival Júnior rodou de um lado a outro até o intervalo, porém passou a errar muitos passes e a facilitar o trabalho da defesa adversária.
Para resolver o problema no segundo tempo, Dorival recorreu a Gabriel. O atacante recém-chegado da Itália, onde alinhavou a sua transferência para a Internazionale, foi o substituto do colombiano Copete, apagado em campo.
Logo no primeiro minuto de jogo com Gabriel no gramado, porém, o Santos sofreu um baque. Jefferson invadiu a área pela esquerda e caiu em um choque com Thiago Maia. Pênalti. Rafael Moura se apresentou para a cobrança, bateu no canto, e Vanderlei não alcançou a bola.
A missão do Santos ficaria ainda mais complicada a partir de então, já que o Figueirense aproveitou a vantagem para atuar completamente recuado. Ainda assim, os donos da casa quase chegaram ao empate aos 15 minutos. Luiz Felipe cabeceou firme depois de escanteio batido por Lucas Lima, e a bola tocou em Gatito Fernández e no travessão. Na sobra, Ricardo Oliveira ajeitou para o zagueiro concluir novamente na pequena área, e o goleiro teve agilidade e reflexo para evitar o gol.
Temendo o poderio ofensivo santista, o técnico Tuca Guimarães sacou Ferrugem para a entrada de Renato. Dorival Júnior respondeu imediatamente, com ousadia, trocando David Braz por Jean Mota.
Como era esperado, o final do jogo foi de muita pressão do Santos, ainda que desorganizada. Até porque o Figueirense sabia se defender, Dorival apostou a sua última ficha no argentino Emiliano Vecchio, que ocupou a vaga de Vitor Bueno. Não adiantou. O time da casa chegou a colocar a bola para dentro com Gabriel, aproveitando cruzamento rasteiro de Ricardo Oliveira da esquerda, mas a jogada foi anulada por impedimento.