O Santos tem a partir de agora uma das agradáveis surpresas do Campeonato Paulista no seu plantel: o polivalente defensor Yuri. Técnico, rápido e apto a jogar tanto de zagueiro, como de volante ou libero, o jogador chamou atenção no Osasco Audax esse ano e nesta quarta foi apresentado como reforço do Peixe, com quem firmou acordo de empréstimo até dezembro de 2017, com a possibilidade de renovação por mais três temporadas, caso o alvinegro decida comprá-lo após esse período.
Mas, a oportunidade bateu primeiro à porta palmeirense. Isso porque Yuri passou mais de um ano atuando na equipe Sub-20 do Verdão, grande rival dos santistas. Questionado sobre o motivo de não ter vingado no Palestra, o jogador explicou que era utilizado fora de sua posição.
“Fiquei lá um ano e dois meses e eu fui de empréstimo também. E lá eu jogava de meia. Eu achava que eu não rendia tanto quanto eu posso ajudar. Eu acho que vindo mais de trás, como volante mesmo, renderia mais. Lá não tinha isso. Eu jogava de meia e não fluiu. E ai acabou meu contrato de empréstimo e eu acabei retornando ao Audax”, contou o próprio atleta, hoje com 21 anos, antes de relatar sua curta carreira.
“Eu comecei no Joerg Bruder, fui para o Pão de Açucar, que virou Audax, no último ano. Fui para o Palmeiras Sub-20, depois voltei para o Audax, fiquei dois anos lá e vim pra cá (Santos)”.
Mas, agora o Palmeiras é passado. Yuri aguardou um mês até que tudo fosse acertado entre Audax e Santos para que ele pudesse realizar o sonho de defender o time da Vila Belmiro, como revelou, e já aproveitou para falar um pouco de suas principais características ao torcedor.
“Foi um pouco demorado, procurei ficar tranquilo e esperar que resolvessem. Graças a Deus deu certo. Eu sou volante, me movimento bastante, procuro sempre dar opções, tenho uma boa técnica e ajudo na marcação”, comentou, ainda sem condições de comparar seu atual comandante com Fernando Diniz, técnico responsável por boa parte de seu sucesso esse ano.
“Eu não conheço muito o Dorival, mas eu percebi os dois gostam de usar muita garotada. Eles trabalham sem medo de colocar os mais novos para jogar”, comparou Yuri, profundo admirado de seu ex-treinador, visto por ele e grande parte do elenco vice-campeão Paulista como um verdadeiro ‘paizão’.
“Uma coisa que eu aprendi com o Diniz e que eu levo para vida inteira, não só no futebol, é que ele falava que a pessoa que consegue transformar os dias simples em dias diferentes, especiais, se daria bem em qualquer área da vida. E ele dá o exemplo de treinos que não valiam nada e o cara que dava a vida era o cara que tinha mais chance de ter sucesso”, apontou, feliz com a maior oportunidade de sua carreira.