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Renato marca aos 51 e Santos vira em cima do Coritiba na Vila Belmiro

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Ricardo Oliveira não pôde entrar em campo neste domingo e Joel não conseguiu substituir o camisa 9 à altura. E quando a equipe mais precisava de um centroavante, foi Renato, que mesmo puxando a coxa, acabou assumindo a posição. O volante de origem marcou, de cabeça, o gol da primeira vitória do Santos no Campeonato Brasileiro, quando o relógio já marcava 51 minutos da etapa final.

Apesar dos protestos do Coritiba pelos sete minutos de acréscimo, mesmo com a pausa para hidratação dos atletas, a virada por 2 a 1 ainda manteve a invencibilidade de Dorival Júnior no estádio Urbano Caldeira. Agora são 30 jogos, 10 meses e 17 dias sem saber o que é perder como mandante.

Apesar dos primeiros três pontos, o Alvinegro Praiano se mostrou sonolento desde o início do confronto, talvez pelo horário das 11 horas. Lucas Lima, que aparentemente estava recuperado de sua lesão no tornozelo direito, mostrou muita limitação nos movimentos e acabou sacado ainda no intervalo, quando o Coxa já vencia graças a gol de Kléber Gladiador, após passe de Leandro, ex-Santos. O duelo deste domingo pode ter sido a última vez do meia com a camisa santista.

Assim como Gabriel, outro que decepcionou nesta 2ª rodada, o camisa 20 se apresenta nesta segunda à Seleção Brasileira para a disputa da Copa América e pode ser negociado com o exterior neste período. A dupla corre o risco de perder até nove rodadas do Brasileirão, caso o Brasil vá à final.

Neste cenário, o gol de empate só poderia sair em um lance inusitado. Quando menos se esperava, aos 19 da etapa final, Vitor Bueno cobrou falta de longa distância e o goleiro Wilson aceitou.

Agora, as duas equipes somam três pontos e voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro na quarta-feira. Às 19h30, o Peixe mais uma vez tenta acabar com o estigma de não vencer fora de casa no nacional por pontos corridos diante do Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Mais tarde, às 21h45, o Coxa-Branca recebe o São Paulo no estádio Couto Pereira, em Curitiba.

Como de costume, já na movimentação da torcida no entorno da Vila Belmiro era possível perceber o alto número de famílias e crianças. Típico de uma partida na manhã do domingo. Mas, diferente de outras oportunidades, o alçapão não encheu para ver um Santos um tanto quanto sonolento.

Lucas Lima teve seu nome gritado pela torcida pouco antes do apito inicial, mas, alguns minutos depois, ouviu protestos. O meia ainda parecia incomodado com sua lesão no tornozelo direito e se movimentava pouco, apesar de alguns bons passes.

O Coritiba, por sua vez, se postou como manda o figurino de um visitante. Sempre com seus dez jogadores de linha na marcação atrás do meio de campo e explorando os contra-ataques. E, desta forma, a equipe de Gilson Kleina anulou o Peixe de Dorival e causou calafrios nos santistas em suas investidas.

Logo na primeira oportunidade, aos 19 minutos, Dodô enfiou linda bola para Leandro, ex-Santos, entrar na área pela direita do ataque. O jogador cruzou rasteiro e Kléber Gladiador só empurrou para as redes. 1 a 0 Coxa.

Cinco minutos depois, a jogada se repetiu nas costas de Zeca, que sofria sem cobertura, por pouco os paranaenses não ampliaram em plena Vila Belmiro. As duas jogadas ao menos serviram para acordar do Santos.

Aos 25, Lucas Lima deixou Joel na cara do gol. O camaronês acertou a trave e Gabriel mandou para o gol, mas nada valia em função da posição irregular do substituto de Ricardo Oliveira.

E quando se esperava uma pressão alvinegra, a zaga voltou a falhar. González recebeu por cima de David Braz e Gustavo Henrique e serviu Leandro. O atacante percebeu a saída desesperada de Vanderlei e só tocou por cobertura. A bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo. Silêncio nas arquibancadas, ainda assustadas.

O Santos não conseguia empolgar, errava muitos passes e mostrava uma lentidão incomum. Chegou a marcar com Joel, mas novamente o camaronês estava impedido. E o prejuízo só não foi maior na primeira etapa porque Alan Santos, cria da base do santista, desperdiçou chance clara de gol, aos 41.

O retorno dos times ao segundo tempo cumpriu o que se imaginava, com Paulinho na vaga de Lucas Lima. O camisa 20 agora se apresenta à Seleção Brasileira sem saber se voltará a vestir a camisa do Peixe e com a certeza de que precisa se recuperar totalmente de sua lesão para ser útil na Copa América.

O Coritiba, no entanto, parecia à vontade no duelo e tocava a bola com tranquilidade. O Santos não conseguia pressionar, mas, apesar de não fazer por merecer, os donos da casa chegaram ao empate.

O relógio marcava 19 quando Vitor Bueno cobrou falta de longa distância e viu o goleiro Wilson tocar na bola, mas, sem força para impedir o gol. Falha fatal e tudo igual na Vila.

Dorival então sacou Joel, que voltou ao time sem brilho depois de passar os últimos dias com caxumba, e colou em campo o talismã Ronaldo Mendes. Era o Santos em busca da virada e da primeira vitória na competição.

O Coxa já não assustava mais nas escapadas, como na etapa anterior, e o Santos, mesmo em uma manhã não muito inspirada, tentava o gol na marra. Aos 28, Zeca quase o fez um lindo voleio, que quase sobrou para Thiago Maia completar.

Após isso, o jovem Matheus Nolasco foi para campo na vaga de Vitor Bueno, que apesar do gol não fez uma apresentação satisfatória. A esta altura, o Santos tinha dez minutos para alcançar os três pontos diante de seu torcedor.

E o torcedor teve de sofrer até o último segundo. Renato, sentindo a coxa, mas sem poder sair por causa do limite de substituições, apareceu dentro da área, como centroavante, e de cabeça marcou o gol da virada aos 51 minutos.

Apesar de toda a reclamação dos jogadores do Coritiba pelos sete minutos de acréscimo (houve parada técnica), não houve tempo para mais nada. Fim de jogo e vitória do Peixe.

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