Em impasse com alguns membros do Conselho Deliberativo, o presidente do Mixto, Paulo César ‘Gatão’, afirmou ontem que irá antecipar as eleições para a escolha da nova diretoria para o próximo dia 21 de maio, um dia após o Alvinegro da Vargas completar 82 anos de fundação. Com mandato até o mês de novembro deste ano, o dirigente garantiu que encurtará sua gestão em função de desgaste junto ao grupo de torcida organizada e também com o presidente do Conselho Deliberativo, o advogado Benedito Rubens, que não abre mão de uma prestação de contas da atual diretoria mixtense.
Rubens é um ferrenho crítico da administração de ‘Gatão’, que acabou ‘terceirizando’ a gestão do clube na 1ª Copa FMF Sub-21 ano passado a um grupo de pastores evangélicos de Campinas (SP) e no Mato-grossense deste ano, entregando o clube para a Associação Tigres da Vargas (ATV), grupo formado por um grupo de torcedores que daria suporte financeiro ao time durante a disputa do Estadual.
Em ambos os torneios, o Mixto não foi bem, sendo eliminado ainda na primeira fase das respectivas competições. Sem crédito junto ao empresariado de Cuiabá, o clube deixou o Campeonato Mato-grossense com dívidas junto a credores. Cálculos feitos pela administração do clube, a dívida a ser quitada gira em torno de R$ 60 mil, maior parte com salário do elenco de jogadores e da comissão técnica comandada por Gílson Paulino. Em entrevista A Gazeta na semana passada, o ex-jogador Benevan, que estava na função de diretor de futebol do clube, disse que o Mixto lhe deve cerca de R$ 7 mil. Assim como também o ex-zagueiro Nélszon Vásques, que foi auxiliar de Paulino.