“Enclausurados” desde o dia 8 de janeiro na Toca da Raposa II, os jogadores cruzeirenses viveram o último dia de concentração nesse domingo. A despedida do período rígidos de treinos e preparação integral para a temporada, contudo, não aconteceu da maneira desejada pelos atletas e comissão técnica: derrota por 2 a 1 para o Villa Nova, em jogo-treino realizado, sob muita chuva, no centro de treinamentos celeste.
Apesar de sofrer o seu primeiro revés como técnico no Cruzeiro, Deivid avalia positivamente o período de concentração vivido junto dos jogadores e minimiza o resultado contra Villa, alegando que o duelo deste domingo tinha como enfoque principal a análise do desempenho e do posicionamento dos atletas em campo.
“O resultado não me preocupou, fiquei mais atento ao desempenho dos jogadores. O Marcos Vinícius, por exemplo, não sabia como ele se sairia na direita, nem como o Henrique e o Ariel se comportariam com apenas dois volantes. Ainda pude analisar o Fabiano na direita”, comentou.
“Esse tempo foi muito proveitoso, porque consegui colocar na cabeça dos jogadores a minha filosofia de trabalho e eles já começaram a colocá-la em prática. Claro que não deu para ver tudo em campo hoje, até por conta da chuva, mas aos poucos vamos conseguir demonstrar o nosso melhor futebol dentro de campo”, acrescentou.
De acordo com o treinador cruzeirense, o jogo-treino teve um papel complementar no que diz respeito aos treinamentos diários realizados na Toca da Raposa. Segundo Deivid, tais confrontos evidenciam os pontos a serem melhorados, mas também apontam qualidades mais consolidadas dentro do elenco celeste.
“O jogo-treino foi muito bom, claro que ainda foi o primeiro, mas valeu. Tivemos muitos erros e muitos acertos. A chuva atrapalhou um pouco, mas no geral foi benéfico. Já vimos que precisamos ajustar algumas coisas, como a bola parada. Acho que vamos conseguir estrear bem em 2016”, analisou.
“Gostei da saída de bola da equipe, do controle do jogo, em nenhum momento a equipe ficou desesperada. Mas precisa acertar ainda alguns aspectos. Fiquei satisfeito, pois o time correspondeu e fez aquilo que eu pedi”, concluiu.
Evolução física – Além da preocupação com a melhoria técnica e tática dos jogadores, a comissão técnica cruzeirense também aproveitou os dez dias de concentração na Toca II para aproximar o elenco celeste da forma ideal. De acordo com o preparador físico Alexandre Lopes, já é possível notar uma evolução no condicionamento dos atletas, contudo, pontos ainda precisam ser alinhados para Deivid contar com um “grupo homogêneo” no começo da temporada.
“Nesses 30 dias de férias, os atletas saem da rotina de treinos. Na pré-temporada, nós os tiramos dessa zona de conforto. Temos de resolver as ‘pendências’ que ficam. Os atletas chegaram numa condição um pouco abaixo, o que era esperado. Agora a gente está adequando para termos um grupo homogêneo e eles já evoluíram bastante”, disse Lopes, que tem feito um trabalho individual com cada um dos jogadores.
“Fizemos avaliações e, com os resultados em mãos, os atletas são encaminhados para os trabalhos específicos antes dos treinos. Esse processo está sendo bem executado, tendo bom controle disso, sempre ajustando as cargas. Todos os atletas estão em condição de treinamento. Só temos o Alex e o Judivan no Departamento Médico. Estamos observando quem ainda está com alguma deficiência, algo tranquilo de ser resolvido, mas depende de um tempo. Estando os atletas em boa condição, facilita o trabalho para o Deivid”, completou.
Passado o jogo-treino contra o Villa Nova-MG, o Cruzeiro terá o seu primeiro teste oficial na temporada na próxima quarta-feira, quando enfrentará o Rio Branco-ES, às 20h (de Brasília), em amistoso a ser realizado em Cariacica-ES.