Em seis meses de existência, com um orçamento apertado e quadro reduzido de funcionários, a Superintendência de Políticas Esportivas Especiais do Estado conseguiu beneficiar um público aproximado de 10 mil pessoas, entre idosos, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. Inicialmente, 2015 seria um ano de levantamento e estudos sobre a realidade das minorias em Mato Grosso. Mas em pouco tempo o setor conseguiu realizar uma série de ações que atendeu um público até então carente de políticas efetivas do Estado.
“O trabalho no ano de 2015 foi satisfatório, tendo em vista que orçamentariamente a Superintendência foi atendida com somente R$ 300 mil e ainda assim conseguimos atender um público direto e indireto de aproximadamente de 10 mil pessoas. Com este saldo positivo e levando em conta que se trata de um setor recém criado, que ainda está elaborando as políticas públicas da diversidade”, analisou o superintendente de Políticas Esportivas Especiais, Mário Marcio Pecora.
Ele explicou que o órgão – a época vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, Esporte Lazer (Secel-MT) – trabalhou prioritariamente com três grandes projetos: os jogos indígenas, que ocorreram em Campo Novo do Parecis; Festival de Práticas Esportivas da Pessoa Idosa do Vale do Rio Cuiabá, semana de atividades para a pessoa com deficiência; e a ida da Delegação de Mato Grosso às Paralimpíadas Nacionais Estudantis no Estado do Rio Grande do Norte.
Só no Festival da terceira idade, destacou Pecora, mais de 1800 idosos foram beneficiados com atividades esportivas e de recreação. Já na 1ª Semana Estadual das Pessoas com Deficiência, que ocorreu no Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, cerca de 400 pessoas foram contempladas com as atividades culturais e prática de esportes como basquete em cadeira de rodas, jiu-jitsu e futebol de cinco (para cegos).
Em relação às Paralimpíadas Escolares, no Rio Grande do Norte, foi a primeira vez que o Estado enviou uma delegação aos jogos. E logo no ano de estreia os paratletas conquistaram cinco medalhas para Mato Grosso, sendo uma de prata e quatro de bronze.
Mas o principal objetivo do Estado na competição, conforme o superintendete, foi estudar o evento para realizar, em 2016, as Paralimpíadas Estaduais e Jogos Abertos Paradesportivos Mato-grossenses. “A nossa equipe conheceu toda estrutura e logística do evento, com o objetivo de implantar os jogos estaduais”.
Uma equipe da superintendência também visitou o Parque Indígena do Xingu, localizado no extremo norte de Mato Grosso, a 1.200 km de Cuiabá. O objetivo da visita foi conhecer de perto a realidade dos índios e dessa forma elaborar políticas esportivas para os povos tradicionais. “Foram 12 horas de barco no Rio Xingo para chegar até a tribo. Lá conversamos com as lideranças e coletamos sugestões de esporte e lazer para as comunidades indígenas”, contou Pecora.
Além da série de ações, a Superintendência de Políticas Esportivas Especiais prestou consultoria técnica aos municípios que apresentaram projetos para captar recursos junto à Secretaria Adjunta de Estado de Esporte e Lazer. Segundo Mário Pecora, o setor analisou mais de 110 convênios. “Foram muitos pareceres técnicos em projetos dos municípios, e da própria secretaria, que a nossa superintendência assumiu a responsabilidade”.
Ele ressaltou que as expectativas de ampliar os trabalhos do setor são as melhores em 2016. Com o orçamento ampliado, um dos focos será a capacitação de professores para trabalharem o Esporte e Lazer com idosos e deficientes. “O nosso objetivo é atender os 141 municípios do Estado”.