Com as matrículas abertas, as escolas particulares de Mato Grosso devem ter um reajuste médio de mensalidade de 10%, variando entre 7% e 12%. Os valores são readequados anualmente conforme as variações de preços ao longo do ano e com previsão no aumento dos salários dos funcionários, definido em convenção coletiva no mês de maio. Ao todo existem cerca de 550 estabelecimentos no Estado e 40 mil alunos na rede particular de ensino.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sinepe), Gelson Menegatti, diz que o cálculo é com base na inflação registrada no ano e que o valor é repassado como sugestão para as escolas. “Fixamos o reajuste entre 7% e 12%, ficando a cargo de cada estabelecimento a escolha do melhor valor de acordo com seus custos”. Entre os gastos das empresas de ensino, Menegatti diz que a manutenção, aquisição de novos equipamentos e produtos, contas mensais e folha de pagamento, principalmente, são a composição básica dos custos.
O diretor-administrativo do colégio São Gonçalo, Silnei Almeida diz que como prestadores de serviços, os gastos com recursos humanos são os que mais pesam no orçamento escolar. Na escola salesiana o reajuste vai ser de acordo com a recomendação do Sinepe e as mensalidades variam entre R$ 465 e R$ 712, sendo considerado a série e os materiais utilizados.
Com relação à expansão no número de alunos, o presidente do Sinepe diz que isso deve acontecer principalmente nas escolas de idiomas e de qualificação. “Com a Copa e o crescimento do Estado, as pessoas estão procurando mais se qualificar. Na universidade pode haver um aumento também, já nas escolas os números devem ser estáveis”. O diretor financeiro do colégio Master, Alex Medeiros, diz que a intenção da escola é manter a quantia de alunos matriculados. “O aumento é bom, mas se mantivermos estaremos satisfeitos”.
Educação Infantil – Na hora de deixar o filho na escola pela primeira vez, muitos pais se assustam com os preços das mensalidades. Hoteizinhos, berçários e pré-escolas costumam ser mais caros do que a educação dos mais crescidos. A coordenadora da Toque-de-Mãe, Márcia Pedrângelo, explica que os custos são mais altos, a começar pela alimentação que é oferecida aos pequenos, a manutenção de salas, brinquedos e jardim e um maior número de funcionários. “Enquanto em uma sala de aula tem um professor, aqui são 4 por turma para poder cuidar dos alunos. Eles requerem mais atenção e cuidado”.
No berçário de Márcia as mensalidades são a partir de R$ 765. No colégio Chave do Saber, que trabalha da educação infantil ao ensino médio, as mensalidades não são diferenciadas. A proprietária Glória Gahyva diz que eles partem do princípio de que todas as idades requerem cuidados diferentes, mas com custos parecidos. Na escola Jardim Moitará, a administradora financeira Graciela Simioni explica que a escola possui um pátio diferenciado, com jardim, brinquedos e que a manutenção acaba elevando os custos da escola. “Escolas de ensino médio e fundamental têm menos gastos. É sala de aula e um pátio de recreação. Nós temos jardim, brinquedos e produtos diferenciados com alto investimento”.