O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso divulgou nota, hoje, expondo que “não compreende a demora, por parte do governo do Estado, em homologar e empossar os candidatos aprovados no concurso público. As provas de nível superior ocorreram no dia 21 de março deste ano”, após o cancelamento do processo, no ano passado, em função de fraude. O presidente Gilmar Soares Ferreira disse que a categoria está apreensiva pois a legislação eleitoral fixa prazo até 3 de julho para homologar o certame. “Estamos preocupados com isso, principalmente porque a rede pública de Mato Grosso conta com mais de 50% de profissionais em regime temporário. A não homologação causará prejuízos incalculáveis para o projeto de aprendizagem e de escola, uma vez que continuaremos a ter, entre trabalhadores da educação, pessoas realizando múltiplas jornadas para atingir um salário aceitável”, ressaltou.
Para o sindicalista, a situação da educação no Estado desperta na categoria um sentimento de frustração. “Não é possível que não haja vontade política para o preenchimento destes cargos e o respeito aos profissionais. Tudo isso beira o absurdo”, protestou.
Outro ponto cobrado pelo Sintep é em relação aos cargos técnicos e de apoio que, hoje, somam mais de 70% dos profissionais em regime temporário. “As escolas vivem em situação precária com a ausência destes trabalhadores e o concurso visava também amenizar esta situação. Mas começamos a duvidar desta intenção com as atitudes tomadas pelos gestores, principalmente pela demora na publicação”, critica o sindicato.
O Sintep aponta ainda que o concurso público está “cercado de problemas, sendo considerado o maior concurso público da história de Mato Grosso, e se mostrou um verdadeiro fiasco. A prova, realizada no dia 22 de novembro de 2009, foi cancelada, por diversos motivos, inclusive de segurança. O certame foi, posteriormente, dividido em três etapas, realizadas em janeiro, fevereiro e março de 2010. Além de danos financeiros, tanto aos cofres públicos quanto aos candidatos, principalmente do interior do Estado, o adiamento das provas causou transtornos para a rede de ensino, carente de novos profissionais. Por isso, nós exigimos a posse imediata dos aprovados, inclusive com a participação da Seduc (Secretaria de Estado de Educação)”, concluiu o presidente do Sindicato, Gilmar Soares.