Os professores da rede estadual decidiram, no final de semana, aceitar a proposta de aumento salarial de 8,11% e descartar, até maio, possibilidade de fazer greve. O conselho de representante do Sintep aprovou o reajuste de 4% de ganhos e 4,11% correspondente a inflação e perdas no último ano. O governo quer aplicá-lo a partir de maio. “Vamos negociar e cobrar para que seja retroativo a janeiro”, explicou, há instantes, o presidente estadual do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público, Gilmar Soares. “Com este aumento, o piso dos professores passará para R$ 1,135 e ainda ficará abaixo do piso nacional que defendemos que é de R$ 1,315”, acrescentou Soares. Mato Grosso tem 25 mil servidores – professores, diretores, técnicos, auxiliares, merendeiras e demais profissionais. Hoje, começa o ano letivo na rede estadual para mais de 390 mil estudantes.
O sindicato não descartou o estado de greve. Em maio, haverá nova rodada de neociação. “Não vamos abrir mão que o Estado cumpra a lei e invista os recursos do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa JUrídica) destinados para a educação pública. Só no ano passado, deixaram de ser investidos R$ 60 milhões. É um castigo para a educação. Se, até maio, o governo não aplicar estes recursos vamos novamente cogitar greve. A educação mato-grossene continua muito carente de investimentos e não podemos abrir mão que seja cumprida a lei do IRPJ”, acrescentou o presidente do Sintep.
(Atualizada às 14:18h)