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Sinop: normativa pode deixar alunos sem professores na rede municipal

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Os professores municipais estiveram reunidos, ontem à noite, com o secretário de Educação, Tadeu Azevedo, e discutiram a normativa de atribuição das aulas. Segundo o presidente do sindicato dos servidores municipais, Adriano Perotti, a maneira como a normativa da secretaria da Educação foi estabelecida fará com que professores fiquem sem salas para trabalhar e, alunos, sem educadores para ter aula. A normativa estabelece 33% de hora atividade para carga horária de 40 e 20 horas, alterações nas séries das disciplinas oferecidas e mudanças de séries trabalhadas. “Além de obrigar professores que trabalhavam somente com séries iniciais a atuar com 3ª e 4ª. O contrário também ocorre: professores que há 15 anos trabalham com a 3ª e 4ª são obrigados a assumir a alfabetização e isso vai gerar uma perca monstruosa para o aluno porque o educador terá que assumir uma série para a qual não está preparado”, disse o presidente.

A professora Izilda Rabelo, da Escola Menino Jesus, complementa: “professores que trabalhavam antes com 20 crianças, agora, pela normativa, terão que preparar aulas, provas para 120, 150 alunos. Os professores de letras e educação física também foram lesados porque a normativa cortou estas disciplinas das séries iniciais”, ressaltou. A normativa teria cortado as disciplinas de inglês e educação física até terceira série. Ela estabelece também que seis aulas sejam trabalhadas em horário oposto. Desta forma, como exemplo, servidores lotados 20 horas no período matutino, devem atuar seis horas à tarde. Adriano explica que pela normativa faltam servidores 40 horas e sobram os com 20 horas. “Faltam principalmente pedagogos e se os de 20 horas forem impedidos de trabalhar, outros terão que ser contratados, o que é inviável financeiramente”, justificou.

O secretário de Educação, Tadeu Azevedo, disse que é necessário fazer uma reflexão de currículo e da hora atividade. “A hora atividade em 33% é uma Lei Nacional, estabelecida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação. Ela vai permitir mais tempo para que os alunos possam ser atendidos e os conteúdos organizados”, destacou.

Como na reunião não foi estabelecido um consenso entre professores e secretaria da Educação, os educadores decidiram pelo retorno às aulas na segunda-feira. “O estado de greve permanece, segunda vai ser iniciado da seguinte forma: quem tem sala vai pra sala, quem não tem cumpre com o horário da mesma forma. Estaremos passando nas escolas na próxima semana para saber o posicionamento de todo mundo e se não houver nenhum avanço nas negociações com o secretário, vamos iniciar uma nova greve a partir do dia 22”, salientou Adriano.

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