PUBLICIDADE

UFMT deve criar programa para cotistas nos cursos mais concorridos

PUBLICIDADE

Um programa será implantado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para atender os alunos que vão ingressar por meio de cotas. A reitora, Maria Lúcia Cavalli, diz que o objetivo é atender os alunos provenientes de escolas públicas que estiverem em cursos da área de tecnologia e com alta concorrência, como é o caso da medicina, engenharias e direito. A partir do próximo ano, 50% das vagas ofertadas serão disponibilizadas para alunos da escola pública, sendo 20% para negros.

A inserção das cotas foi aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e causou polêmica. A reitora explica que a universidade é uma estrutura complexa e as divergências são comuns. Ela afirma que aceita as opiniões, mas defende o sistema de divisão porque dará a oportunidade aos estudantes de escolas públicas concorrerem com pessoas que, teoricamente, tiveram as mesmas oportunidades. Para Maria Lúcia, que antes de assumir a gestão da UFMT era professora do Instituto de Linguagens, os dados mostram que os alunos pobres são mais concorridos e que oferecem melhor remuneração no mercado de trabalho.

Na opinião da reitora, o sistema de cotas é uma forma de democratizar o acesso das pessoas à universidade. Maria Lúcia diz que desde a eleição para o cargo sempre defendeu a ampliação da concorrência entre pessoas de iguais condições.

A concorrência entre os cotistas e não cotistas será feita no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação (MEC). O aluno vai inscrever-se,optando pela vaga de cotista ou não. A UFMT vai exigir os documentos que comprovem a realização do ensino médio em unidades públicas antes de selecionar os colocados. Todo processo será avaliado e novas regras podem ser aplicadas nos anos seguintes.

Enem – Outra medida, que, de acordo com Maria Lúcia, serviu para atender o propósito de democratização foi o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de ingresso na universidade. As antigas provas de vestibular eram realizadas em 7 cidades pólos e o Enem acontece em 67 dos 141 municípios. Agora, as pessoas estão mais próximas do lugar de prova, o que aumentou de 28 mil para 107 mil o número de concorrentes.
Quanto ao número de pessoas de fora do Estado que ocupam as vagas da UFMT, a professora afirma que estão concentradas nos cursos mais concorridos, como sempre aconteceu. O restante dos cursos tem maioria de mato-grossenses, que chegam a ocupar 82% do total de vagas.

Entre as dificuldades encontradas por pessoas de outros estados para ficar em Cuiabá estão os custos. Maria Lúcia explica que quando o candidato põe na ponta do lápis todas as despesas com estadia, alimentação e gastos pessoais, a vinda para outra cidade torna-se inviável e ele prefere ficar onde mora e perto da família.

Em relação aos índices de desistência, a reitora diz que permanecem semelhantes aos registrados na época do tradicional vestibular, mas a instituição está acelerando o processo de liberação das vagas para a transferência externa. O objetivo é acabar com as vagas ociosas da universidade. No ano passado, mais de 1 mil vagas foram encaminhadas para a transferência.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE