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UFMT retoma aulas com servidores parados e indicativo de greve dos professores

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As aulas voltaram hoje na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O segundo semestre iniciou com greve dos servidores técnico-administrativos e indicativo de greve dos professores para o dia 17, quando será marcada assembleia geral, no auditório da Associação dos Docentes da UFMT, visando decidir se paralisam definitivamente as atividdes.

Os professores alegam que, em 12 anos, tiveram 152% de perdas salariais. Eles também são contra o Projeto de Lei 549, do Executivo, que tramita no Congresso Nacional e propõe o congelamento dos salários servidores federais até 2019. Conforme o presidente da ADUFMAT, Carlos Alberto Eilert, o salário dos professores das universidades federais está na base da pirâmide das carreiras federais. Os professores reclamam ainda das condições de trabalho na UFMT e de questões antigas como bibliotecas limitadas e laboratórios ultrapassados. A categoria também vê que democracia é apenas um discurso na UFMT e que há muitos problemas de ordem política na universidade.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) apóia a greve dos técnicos e a dos professores, caso ocorra, porque “entendemos que a greve é uma ferramenta de luta, que é importante, porque é a única forma de reivindicar melhorias salariais e outras melhorias”, argumenta a presidente do DCE, Jéssica Luciene Camparini, aluna da Mediciana Veterinária. Segundo ela, “quando técnicos e professores conquistam melhorias, os alunos também têm conquistas, e os alunos são favoráveis às pautas dos grevistas”. A única problemática estudantil que o DCE vê é que parte dos alunos não têm esse entendimento e se preocupam com a reposição das aulas. No entanto, diz ela, vamos explicar à base sobre o que está acontecendo, porque o momento é de união.

Benedito Boaventura, um dos coordenadores do Sintuf, afirma que está forte a greve dos servidores técnico-administrativos. Na primeira fase da greve eles ficaram 36 dias parados e suspenderam o movimento porque o governo federal sinalizou que iria negociar, porém não o fez. Por isso, a categoria parou novamente dia 28 de julho. Os servidores reivindicam o acordo firmado na greve de 2007: piso de três salários mínimos, 5% de reajuste a cada transição de nível, racionalização de cargos, reposicionamento dos aposentados e outros direitos trabalhistas.

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