As escolas municipais e estaduais de Sinop não vão aderir à paralisação nacional, dia 16, encabeçada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O vice-presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, justificou, ao Só Notícias, que já há um “calendário” próprio de ações previstas na qual serão reivindicadas praticamente “as mesmas cobranças”.
O principal objetivo da confederação com a mobilização será cobrar a implementação do piso salarial nos estados, alegando que mesmo com a aprovação da Lei do Piso e com o reconhecimento pelo Superior Tribunal Federal (STF) não está sendo aplicada em todo o país. A intenção é que as negociações inicie com o valor de R$ 1.597,87, defendido pela entidade como vencimento inicial na carreira.
Valdeir explicou que na rede estadual em Sinop, será seguido o cronograma aprovado pelo Sintep Mato Grosso, durante as deliberações, em assembleia, em julho, quando a greve de 28 dias foi suspensa. O objetivo será pressionar o governo para o pagamento, principalmente, do piso de R$ 1.312, com a qual já se comprometeu efetuar até dezembro. Porém, a expectativa dos servidores é que seja concedido até setembro
De acordo com o cronograma, na rede estadual, uma vigília está marcada para o próximo dia 17, em frente a Assembleia Legislativa, em Cuiabá, e dia 12 de setembro, uma paralisação e vigília na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Em Sinop, durante o período da greve, a adesão das 13 escolas estaduais foi parcial. Aproximadamente 15 mil alunos são atendidos.
Na rede municipal, Valdeir explicou que já uma paralisação prevista para a primeira semana de dezembro, caso a administração não atenda as reivindicações feitas numa nova pauta encaminhada. Entre as cobranças, a implantação de 1/3 de hora atividade aos professores.
A greve na rede foi encerrada e março, após 43 dias, pela aplicação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PPCS), cuja lei já foi sancionada pelo prefeito Juarez Costa (PDMDB). Na ocasião, os profissionais também aceitaram a reposição salarial de 6,47% sobre o piso de R$ 1.266,92. Na época, mais de 13 mil alunos ficaram sem ter aulas na rede.