Os profissionais da Educação em Sinop, tanto da rede municipal quanto da estadual, podem paralisar as atividades, por 24 horas, em agosto. A presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Sidinei Cardoso, disse, ao Só Notícias, que logo após o retorno das férias, uma assembleia será feita para decidir a adesão à paralisação nacional, no dia 16, encabeçada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
A confederação informa que o principal objetivo será cobrar a implementação do piso salarial nos estados. “Mesmo com a aprovação da Lei do Piso e com o reconhecimento da sua legalidade por parte dos ministros do STF [Superior Tribunal Federal], professores de alguns municípios e estados ainda não recebem o valor estipulado em lei”.
A CNTE alega que “assim, a Confederação orienta a todos os sindicatos que participem dessa luta pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). É preciso que o processo de negociação com os governos inicie com o valor de R$ 1.597,87, defendido pela entidade como vencimento inicial na carreira”. A entidade informa ainda, que reivindicará o cumprimento integral da lei com 1/3 da jornada destinada para a hora atividade.
Conforme Só Notícias informou, no último dia 4, foi suspensa a greve de 28 dias na rede estadual, após a categoria ter aceitado a proposta do governo, e pagar o piso de R$ 1.312 até dezembro, totalizando aumento de 15,07%. Em Sinop, onde há cerca de 15 mil alunos na rede, a adesão foi parcial.
Já em março, foi a greve na rede municipal que foi encerrada, após 43 dias, pela aplicação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PPCS), cuja lei já foi sancionada pelo prefeito Juarez Costa (PDMDB). Na ocasião, os profissionais também aceitaram a reposição salarial de 6,47% sobre o piso de R$ 1.266,92. Na época, mais de 13 mil alunos ficaram sem ter aulas na rede.