A direção de cinco escolas estaduais de Sinop comunicaram que não vão aderir à greve, prevista para iniciar em todo o Estado, a partir de segunda-feira (6). Nas unidades Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lurdes, Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Benedito Santana da Silva Freire, Nilza de Oliveira Pipino e Cleufa Hubner, as aulas continuam normalmente. A decisão partiu dos próprios funcionários.
O diretor da escola Nossa Senhora da Glória, que atende 729 alunos, Anezio Bach, informou, ao Só Notícias, que os 56 servidores avaliam não ser este momento para a deflagração de paralisação. Para os funcionários, segundo ele, está confuso o real motivo da greve e os desdobramentos das negociações com o governo.
Na Nossa Senhora de Lurdes, onde há 890 alunos, segundo a diretora Sueli Teixeira Terch, os 50 servidores avaliam também não ser o momento para paralisação. Foi destacado que muitos estão ingressando agora na rede estadual, e apontaram que pela primeira vez, o governo do Estado está aberto à negociações.
Já no Ceja, conforme o diretor Antônio Francisco Pereira, é inviável aderir à greve, tendo em vista que o calendário é diferenciado na unidade, em regime trimestral. Os sábados são ocupados com atividades culturais, que seriam difícil serem repostas. Ele apontou ainda que, grande parte dos alunos são adultos e o início da greve os desmotivariam a dar seqüência aos estudos. São 120 funcionários e mais de dois mil estudantes.
Na escola Nilza de Oliveira Pipino, a maioria dos 52 funcionários optou por não aderir ao movimento. Contudo, a diretora Cleusa Mara Ost afirmou que os servidores favoráveis podem ingressar na paralisação, devendo as aulas serem repostas posteriormente. Na unidade são 1,1 mil alunos. Na escola Cleufa Hubner a decisão de não participar do movimento foi unânime, segundo a diretora Patrícia Guimarães. O motivo, também, é que não seria este o momento para greve. Nesta unidade são 25 funcionários e 385 alunos.
Confome Só Notícias informou, em assembleia, foi aprovada adesão das escolas estaduais à greve, porém, cada unidade tem autonomia para decidir se ingressa no movimento.Sinop tem 13 unidades no total, contudo, nenhuma outra manifestou ser contrária. São mais de 15 mil alunos no município.
A paralisação, por tempo indeterminado, foi aprovada na segunda-feira (30) pelo conselho de presidentes das sub-sedes, em Cuiabá. Eles não aceitam o aumento de 10% proposto pelo governo e aprovado na Assembleia Legislativa, que elevou o piso para R$ 1.248. A categoria quer R$ 1.312 reivindicado. Em todo o Estado, a estimativa é que 430 mil alunos fiquem sem aulas.
(Atualizada às 11h15)