Uma assembleia será realizada hoje, às 14h, por professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com objetivo de votar o indicativo de greve da categoria. No Estado, existem cerca 1.300 profissionais ativos e aposentados na instituição federal. Eles querem o reajuste e recomposição do salário, que conforme a Associação de Docentes da UFMT (Adufmat) teve desvalorização de 152% nos últimos 16 anos.
Caso seja aprovado o indicativo, as atividades docentes serão paralisadas por tempo indeterminado, deixando mais de 18 mil estudantes sem aula. Na semana passada, houve a paralisação de 24 horas na instituição. As atividades ficaram suspensas em todas as instituições de ensino federal do país.
O presidente da Adufmat, Carlos Eilert, explica que os profissionais reivindicam também mais estrutura de trabalho e denunciam o sucateamento da UFMT e do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM).
A categoria exige ainda a contratação de novos professores, já que o quadro atual está defasado, deixando alguns cursos com disciplinas em aberto. A necessidade é para a realização de um novo concurso público.
Outro problema encontrado é a aprovação do Projeto de Lei Complementar 549, que foi arquivado em 2010, mas voltou a ser discutido no congresso. Caso seja aprovado, o projeto determina que os salários dos servidores federais fiquem congelados até 2019, ampliando a desvalorização.
A categoria busca ainda pressionar o governo Federal e mostrar a importância de dedicar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
Eilert esclarece que a decisão será tomada pela maioria, por meio de votação, a partir da exposição das reivindicações e demais elementos da pauta.