O desenvolvimento de atividades em período integral em escolas da rede estadual será ampliado em Mato Grosso. A partir de 2011, o Programa Mais Educação será ofertado em mais 37 unidades. Atualmente são 89 unidades e, com as novas adesões, o número passará a 126, com expansão do atendimento para 24 municípios. Atualmente as atividades são desenvolvidas nas cidades de Alta Floresta, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande. As unidades que desenvolvem o Programa abrem espaço para atividades extracurriculares. Quem estuda no período matutino fica mais três horas na escola, no período vespertino e vice-versa.
O Projeto Mais Educação – criado pelo Ministério da Educação e executado em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT) – prevê a permanência do estudante por até sete horas nas unidades escolares. "Nossa preocupação não é somente de ampliar o número de escolas, mas fazer com que atendam dentro da perspectiva de educação integral, com atividades previstas dentro do Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP).
"Eu participo desde o ano passado e me sinto mais estimulada a vir para escola. Antes eu ficava só no computador, sozinha em casa, mas não ficava estudando, só conversando mesmo. Agora não mais. Eu fico aqui, faço ginástica rítmica, fico na horta, faço vôlei. Meu dia passa bem rápido. Estou mais estimulada", conta a estudante Joyce Rosa da Silva, 14 anos, que cursa a 3ª fase do 3º Ciclo na Escola Estadual Filogônio Corrêa, no Distrito de Nossa Senhora da Guia.
A meta estipulada pelo Ministério da Educação é a de que até 2020, 50% de todas as escolas da rede estadual estejam ofertando a educação em período integral. "Trabalhamos rumo a esse compromisso", explica a relatora do Programa Mais Educação, Simone Cristina Rubim Ferreira, da Coordenadoria de Projetos Educativos (CPE), ligado à Superintendência de Educação Básica, da Secretaria de Estado de Educação em Mato Grosso (Seduc/MT).
A prioridade para atendimento do Programa Mais Educação é de unidades que estejam em localidades onde existem alunos em situação de vulnerabilidade e as unidades que obtiveram baixa pontuação junto ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). "Mas é oportuno dizer que existem escolas que já possuíam experiências com atividades de educação integral e que não se enquadram nessas características", explica Simone.