Os profissionais da rede municipal acabam de decidir que vai continuar, por tempo indeterminado, a greve nas escolas – que hoje completou 35 dias. A contraproposta, apresentada no sábado à noite, foi discutida por cerca de duas horas e meia, no Clube dos Idosos, por professores, zeladoras, merendeiras e técnicos. Alguns pontos foram aceitos como o percentual de 6,46% de reposição salarial sobre piso de R$ 1,2 mil; o encaminhamento do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) para vigorar a partir de maio, a regulamentação imediata das horas excedentes e extinção da jornada de 20 e 40 hs nos próximos concurso foram aceitos pelos servidores. Outros pontos foram rejeitados e a greve vai continuar, mesmo com o prefeito Juarez Costa tendo feito apelo para a categoria voltas às salas de aulas, iniciar ano letivo para cerca de 13 mil alunos e continuar negociando.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Básico de Mato Grosso (Sintep), Sidinei Cardoso, a principal discordância foi em relação aos coeficientes nas tabelas e também porque todos os servidores voltam a trabalhar 40 horas incluindo as cozinheiras e merendeiras que faziam 30 horas semanais.
“Elas só terão 30 horas se decidirem por essa jornada, apenas em 2012, de acordo com a nova proposta. Mas isso se eles (servidores) aceitarem reduzir o salário”, disse Sidinei. Outro ponto, segundo a presidente, é a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) apenas em maio. “Nós queremos de imediato e com aprovação na câmara”, cobrou.
A categoria decidiu que permanecerá “acampada” em frente a prefeitura e poderá intensificar a movimento. “Amanhã vamos estar pensando no acampamento o que poderemos fazer para intensificar a manifestação, um exemplo seria a panfletagem nos bairros”, cogitou.
(Atualizada às 22:33h)