A Secretaria Municipal de Educação e Cultura concluiu e já encaminhou à Secretaria de Estado da Educação, o diagnóstico de educação de Jovens e Adultos e o Plano Estratégico (PEEJA) 2010/13. As ações integram a Agenda Territorial de Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos. Um dado chamou a atenção da Comissão Municipal que atuou na realização desse trabalho. “Em que pese todos os esforços feitos nos últimos 40 anos com o objetivo de erradicar o analfabetismo, o Brasil só conseguiu reduzi-lo em 0,8%”, observa a coordenadora de Educação de Jovens e Adultos da secretaria, Rosmeri Fátima Feroldi Agnolin.
A Agenda Territorial se reveste de importância singular, haja vista ser uma ferramenta que permitirá aos gestores públicos municipais conhecer quantos são os analfabetos e, a partir dessa realidade, quem sabe desenvolver metodologias que sejam mais eficazes, atingindo os objetivo de se não acabar pelo menos reduzir drasticamente o número de analfabetos brasileiros. “Mas como já temos visto isso não depende apenas dos governos. Como lidamos com jovens e adultos, os resultados dependem também da vontade e da persistência dessas pessoas. Os gestores têm oferecido diversas oportunidades, mas estas não conseguiram atingir os objetivos”, explica Rosmeri.
A coordenadora da Secretaria de Educação acredita que os resultados na educação de jovens e adultos advirão de um novo posicionamento. “Em consonância com a Unesco, acreditamos que para oportunizarmos verdadeiramente a cidadania, precisamos trabalhar com o conceito dos quatro pilares: aprender a ser, viver juntos, fazer e conhecer, haja vista estes terem surgido do desafio apresentado por um mundo em acelerada transformação”,diz.
Entre a população de Nova Mutum, por exemplo, o índice de analfabetismo ficou em 7% de acordo com o diagnóstico da Agenda Territorial. Essa realidade, na avaliação da coordenadora é bastante peculiar. “Precisamos levar em consideração o fato de Nova Mutum ser uma cidade em franca expansão econômica e por oferecer muitas oportunidades de emprego e crescimento econômico atrai pessoas de todas as partes do país especialmente pessoas com quase ou nenhum nível de escolaridade”, explica. Por isso, segundo Rosmeri, o analfabetismo em Nova Mutum, é mais frequente entre operários rurais e urbanos.
Rosmeri lembra, ainda, que o processo educativo começa, idealmente, na infância, mas só se encerra com a velhice. “A EJA deve ser encarada desse modo, ou seja, considerar a aprendizagem que ocorre ao longo da vida, já que o exercício da cidadania se embasa numa aprendizagem contínua que observa o individual, o profissional e o social”, observa.