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Professores da UFMT rejeitam proposta e greve continua

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Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) rejeitaram, por maioria absoluta, agora há pouco, em assembleia geral da categoria, a proposta de aumento apresentada pelo governo federal, na sexta-feira (13). Desta forma, os professores vão continuar em greve, por tempo indeterminado, até que o governo apresente uma nova proposta que seja convincente para toda a categoria. A assembleia foi realizada na sede da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), no campus de Cuiabá.

Segundo informações da assessoria de imprensa, a categoria afirma que não é verdade que a proposta representa 45% de reajuste linerar, conforme foi divulgado. Na verdade, o que o governo propõe é um reajuste escalonado até 2015 e que impacta de forma diferente nas cinco classes que compõem a carreira docente em vigor. O maior reajuste seria dado aos titulares doutores, que receberiam 39,53% de aumento. Acontece que o governo não considerou a inflação acumulada nesse período de três anos, estimada em 32%. Sendo assim, ao final do escalonamento, os titulares doutores teriam, de fato, apenas 7,49%. E os outros níveis – auxiliar, adjunto, assistente e associado – teriam perdas salariais.

A proposta apresentada pelo governo prevê reajustes que variam entre 24,4% e 45,1% para doutores. Atualmente, os professores universitários que atingem o topo da carreira recebem R$ 11,7 mil. Com a nova proposta, a remuneração chegaria a R$ 17,1 mil. Entre os mestres, os aumentos variam entre 25% e 27%. Essa projeção feita pelo governo é apenas para os professores. Para técnicos das universidades ainda nenhum documento foi apresentado.

Conforme Só Notícias já informou, o presidente da Adufmat, Carlos Alberto Eilert, considerou como “proposta financeira que penaliza assistentes e auxiliares, que são as categorias mais baixas”, explicou em recente entrevista ao Só Notícias. Na avaliação dele, a proposta está focando apenas nos títulos e esquecendo detalhes em relação a estrutura das universidades e também da valorização do profissional.

Com dois meses de paralisação, os professores e técnicos em greve não devem sofrer com pontos cortados. A garantia foi feita pela reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, aos profissionais, durante reunião na última semana. “Não cortarei ponto e tampouco farei exonerações. Já comuniquei que aqui na UFMT tudo está dentro da normalidade da greve”, disse a reitora, por meio de assessoria.

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