O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf-MT) vai aderir ao movimento de greve, que começa na próxima segunda-feira (11). A decisão aconteceu, hoje, durante assembleia geral realizada em Brasília, com representantes da categoria de todos os estados brasileiros, informa a assessoria.
Atualmente, mais de três mil técnicos administrativos estão na ativa na Universidade Federal de Mato Grosso. A expectativa é que os funcionários do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) devam aderir ao movimento, respeitando apenas os 30% de funcionamento. Isso porque no mês de março foi aprovado a Medida Provisória 568 que modifica o pagamento de insalubridade e periculosidade.
Os técnicos administrativos reivindicam reajuste salarial e que os acordos firmados entre a categoria e o governo federal, na greve de 2007, sejam cumpridos. Entre os itens estão à carência de funcionários que acarreta desvio de função em massa e sobrecarga de trabalho, além da incorporação de alguns benefícios para aposentados.
A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que acompanha todo o processo de negociação entre a categoria e o executivo estabeleceu um calendário para tentar pressionar um ‘diálogo”. “Realizamos várias formas de manifestação para tentar pressionar um diálogo com o governo, mas até agora ele não sinalizou. Dessa forma só nos resta a greve”, falou a representante da Fasubra, Léia de Souza.
Atualmente cerca de 20 mil alunos estão sem aula na UFMT, pois os professores entraram em greve há mais de duas semanas. O medo dos acadêmicos é que com a greve dos técnicos-administrativo haja o fechamento do restaurante universitário. “Nós apoiamos o movimento grevista, mas gostaríamos que o restaurante ficasse aberto, pois muita gente vem de fora e precisa desse espaço para se alimentar”, lembrou o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes Murilo Alberto.
Está marcada uma assembleia para quarta-feira (6) para avisar a instituição da paralisação e referendar a decisão entre os técnicos. Amanhã será realizado o Fórum Nacional dos servidores.