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Greve da UFMT é a mais forte em 7 anos, avaliam professores

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Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em greve há oito dias, se reuniram hoje à tarde, em assembleia geral no auditório da Adufmat, para discutir o movimento de paralisação, que já conta com a adesão de 46 universidades federais do país. A avaliação é que esta é a greve mais forte e rápida, quanto à adesão em série, desde a de 2005, que durou 100 dias.

Os professores das universidades federais estão em greve, porque o Governo Federal não cumpriu o acordo assinado na Campanha Salarial de 2011, que estabelece 4% de reajuste e a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas). O Governo também afirmou que, até a Campanha deste ano, discutiria carreira docente com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).

Esse diálogo também não avançou. A data limite para encerrar a Campanha de 2011 era 31 de março. E nada! Pressionada pelo indicativo de greve, a presidente Dilma Rousseff assinou Medida Provisória garantindo os 4% e a incorporação da Gemas. A MP, porém, nem menciona carreira docente. O Governo anunciou que isso é assunto só para 2013. Foi o estopim para o fortalecimento do Movimento.

Conforme os professores, não é possível estimar uma data de término da greve, mas um dos motivos que indicam para uma longa paralisação é que o Governo Federal anunciou que não negocia com grevistas e saiu da mesa de diálogo. Em entrevista coletiva à imprensa ontem à tarde, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pediu à categoria que volte à sala de aula, mas não fez nenhuma contraproposta.

Na próxima segunda-feira, dia 28, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), entidade máxima de deliberações sobre assuntos pedagógicos da UFMT, vai analisar o pedido do Comando Local de Greve (CLG) da ADUFMAT, que solicitou a suspensão do calendário escolar. Se isso acontecer, a tendência é que, mesmo os resistentes à paralisção encerrem suas atividades, já que será estabelecido novo calendário, após o fim da greve.

A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, que já havia manifestado apoio público ao Movimento Docente, esteve presente na assembleia de hoje e disse que está de acordo com a luta. Segundo ela, o Consepe não pode suspender o calendário escolar, porque só uma categoria da comunidade universitária está parada. Ela se diz, no entanto, disposta a negociar e convidou um membro do CLG para estar presente na reunião do Conselho. “Sinto-me muito à vontade para defender o Movimento Docente, porque sou professora há 40 anos. Temos que ter carreira docente, temos que ter salários dignos, mas a greve é ruim para todos nós”. Como diretora da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) garantiu levar ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as reivindicações da categoria e pedir para que não saia da mesa de negociação.

Na assembleia, os docentes da UFMT em greve receberam apoio do Diretório Central dos Estudantes da UFMT (DCE) e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ensino Público (Sitep) sub-sede de Cuiabá, de alunos do Mestrado de Política Social, que divulgaram uma moção de apoio, e da Frente de Lutas dos Centros Acadêmicos.

Amanhã, o Comando Local de Greve vai se reunir às 9 horas na sede da ADUFMAT para avaliar a assembleia e se organizar para a semana que vem.

 

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