As aulas começaram ontem para cerca de 800 alunos e a reforma esperada na Escola Estadual 13 de Maio não foi feita pelo governo. Continuam os problemas na estrutura, com goteiras em salas, queda de energia elétrica, janelas e portas quebradas. Em dezembro passado, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) prometeu que “o processo licitatório já estava tramitando” e que, “até o final do ano” estaria liberado para iniciar a reforma. Porém, até agora, nada foi feito. A Superintendência de Estrutura Escolar informou, ontem, que devido a quantidade de obras emergenciais, não houve tempo hábil para finalizar o processo licitatório e que a instituição está entre as 20 escolas que receberão prioridade de atendimento.
Para a nova diretora da escola, Dinara dos Santos Alves, o sentimento é de “abandono. Eles não deram prazo para iniciar a obra. Me falaram que a nossa escola é uma das primeiras da lista. Por enquanto estamos esperando”, disse a diretora.
A direção e professores descartam qualquer possibilidade de entrar em greve. “Se nós paráramos será um prejuízo para o aluno que terá que repor os 200 dias de aulas aos sábados ou nas férias. Então, vamos continuar”, disse Dinara.
No ano passado, o vereador Luis Fábio Marchioro (PDT) protocolou no Ministério Público o descaso que a secretaria estadual com a escola. Uma equipe de engenheiros visitoriou a unidade e emitiu relatório, detalhando os principais problemas. Uma vistoria do Corpo de Bombeiros também foi feita. Todos os laudos foram anexados ao processo. O mais grave de todos, segundo a diretora, é a parte elétrica, cujos aparelhos não podem ser ligados, pois a rede não suportaria a demanda. “Nós temos quatro (aparelhos)de ar-condicionados encaixotados, pois de nada adianta instalá-los”, explicou.
Em toda a rede estadual sorrisense ( 6 escolas) estudam 5,2 mil alunos