O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) vai recorrer da decisão da desembargadora Maria Erotides Kneip para que 50% dos profissionais retornem ao trabalho. O presidente do sindicato, Henrique Lopes disse, ao Só Notícias, que não é possível cumprir “porque escola não funciona parcialmente. Se resolvêssemos cumprir, qual seria a medida da Secretaria de Estado de Educação quanto aos outros 50%?”, questionou.
O Sintep ainda não foi notificado oficialmente, mas deve pedir a anulação da decisão. A partir de hoje, os profissionais acompanharão as sessões da Assembleia Legislativa. Amanhã e quinta-feira os trabalhadores da educação realizam assembleias locais nos municípios. Na sexta-feira (4), uma nova assembleia está prevista para debater os próximos passos do movimento. Enquanto isso a greve iniciada há 50 dias será mantida. A adesão é de 90% dos professores, técnicos e apoios, das 744 escolas da rede estadual.
De acordo com o presidente do sindicato, o período de férias dos alunos será respeitado. No ano que vem haverá uma complementação deste ano. Em Mato Grosso há mais de 400 mil alunos matriculados em escolas estaduais.
A categoria iniciou o movimento para reivindicar reajuste salarial de 10,41%; política que vise dobrar o poder de compra dos educadores em até sete anos; realização imediata de concurso público; chamamento dos classificados do último concurso; garantia da hora-atividade para interinos; melhoria na infraestrutura das escolas; aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual; autonomia da Seduc nos recursos devidos na área.
Conforme Só Notícias já informou, a categoria quer reajuste salarial para este ano. Porém, o governo propôs reajuste de 5% acima da inflação a partir do ano que vem, seguido de 6% em maio de 2015, e até 2016, 7,96%.
O governo alega que a proposta feita aos profissionais é razoável e que que não tem mais condições de avançar nas negociações.
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