Acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, estão acampados na reitoria da universidade, em Cuiabá. Eles estão em greve, por tempo indeterminado, desde o dia 22 de julho e vão manter o movimento até que seja dada “uma posição concreta” por parte da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder quanto as melhorias reivindicadas para a unidade.
Além desse manifesto na capital, onde estão 24 alunos, os estudantes continuam o bloqueio na entrada principal da universidade. As aulas e provas foram suspensas devido ao manifesto.
Os estudantes reivindicam aquisição de equipamentos para o hospital veterinário e funcionamento imediato, bem como dos blocos de farmácia; construção de um centro de vivência e a disponibilização de um centro provisório até que o permanente fique pronto; construção de um complexo esportivo; ampliação da biblioteca; funcionamento do restaurante universitário; construção de uma guarita e mais segurança; criação do conselho máximo do campus; estruturação; unificação da fazenda experimental e legalização do fotocópia.
Também são exigidos concursos imediatos para contratação de novos professores; reformulação da resolução 158 do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, que aumenta em quatro horas a carga horária dos docentes. Os estudantes apontam que os professores já estão sobrecarregados e essa resolução inviabiliza ainda mais o desenvolvimento de pesquisa e extensão e suprime o tempo que os mesmos utilizavam para atender os alunos.
Por meio da assessoria, a reitoria informou que em cerca de 60 dias o hospital universitário estará em funcionamento. Já para as outras questões estão buscando soluções.
Conforme Só Notícias já informou, a reitora disse que caso os acadêmicos não cumpram os 75% de aula, a reprovação seria uma consequência. Sobre os 13 pontos da pauta de reivindicação, Maria Lúcia afirmou que é “impossível atender a tantos itens em tão pouco tempo”. Também esclareceu que a demanda do campus é de R$ 128 milhões e somente R$ 11 milhões foram repassados, este ano.
A UFMT Sinop tem cerca de três mil acadêmicos nos cursos Agronomia, Enfermagem, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Florestal, Farmácia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Licenciatura em Ciências da Natureza, com ênfase em Física, Matemática e Química.