Os servidores municipais da Educação decidiram manter a greve, deflagrada na segunda-feira (22), por tempo indeterminado. A definição saiu, ontem, em assembleia geral. Uma nova foi marcada para terça-feira (30). A presidente da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Sidinei Cardoso, afirmou, ao Só Notícias, que os funcionários devem ficar em frente a sede do Executivo até que “nos convoquem para um diálogo e negocie logo para que as nossas crianças não tenham mais perdas por causa do gestor que não quer negociar por birra”. A rede tem 14 mil alunos.
Na assembleia que definiu a greve, no último dia 16, a presidente destacou um dos itens que não tiveram acordo na contraproposta apresentada. Foi em relação aos percentuais de reajuste oferecidos aos professores, 6,2% mais 1,78% e ao pessoal técnico e de apoio, 6,2%, que apontou haver uma diferenciação expressiva. A categoria pede a equiparação do piso salarial com o dos professores da rede estadual. Para carga de 40 horas semanais, os atuais R$ 1.456,82 saltariam para R$ 1.937,26. O mesmo percentual seria aplicado para 30 horas.
O prefeito Juarez Costa (PMDB), assinou, ontem, o decreto que regulamentará a jornada de trabalho em 30 horas semanais para os profissionais da educação básica e servidores da Administração Publica. Uma das cobranças dos servidores. Os cargos contemplados com a nova jornada são de Apoio Educacional I, zelador, vigia, cozinheira, merendeira, gari, operário braçal e auxiliar de serviços gerais.
No início da greve, os servidores das redes municipal e estadual iniciaram passeata com faixas e cartazes, até a Secretaria municipal de Educação e em seguida, a prefeitura. Eles também fizeram um manifesto à noite na câmara de vereadores, pedindo apoio nas negociações que estão fazendo com a prefeitura para conseguirem aumento e o piso salarial.
Os educadores da rede estadual também paralisam as atividades por uma semana. O objetivo é cobrar reivindicações antigas já manifestadas pela categoria na última greve. A greve estadual foi deliberada no Conselho de Representantes realizado no dia 17 de fevereiro. Por maioria de votos os trabalhadores decidiram suspender as aulas para reafirmar a necessidade de garantias de direitos como a implementação do piso salarial, a garantia da hora atividade aos contratados temporariamente, aplicação do percentual correto de 35% na área da educação, o chamamento imediato dos classificados no último concurso público e a melhorias das estruturas físicas das escolas.