Estudantes de medicina da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) completam duas semanas de greve, hoje, e garantem que a paralisação só acaba após todas as reivindicações sejam atendidas. Um inquérito foi instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE) para apurar problemas na estrutura da instituição, após ser alvo de reclamações constantes desde a entrega do prédio, em 2012.
Conforme o MPE, as informações estão sendo apuradas sem previsão de fechamento. Segundo os estudantes, o curso apresenta irregularidades, como déficit de professores, falta de salas de aulas e laboratórios específicos para o curso.
Em maio do ano passado, o promotor Kledson Dionysio de Oliveira instaurou um procedimento preliminar para apurar as denúncias feitas pelos estudantes. A fase atual do inquérito é destinada à análise das provas colhidas para saber se as investigações irão culminar no oferecimento de denúncia à Justiça.
Na última semana, os alunos fizeram protestos em Cuiabá e em Cáceres, se reuniram com o governador Silval Barbosa, o secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, com o reitor da Unemat, Dionei Silva, e o procurador geral do município, Renato Cunha. No entanto, nenhum acordo foi acertado até então.
Novas manifestações estão previstas para os próximos dias.