Os professores e demais funcionários das escolas municipais acabam de decidir que farão greve a partir do próximo dia 21 porque suas reivindicações de equiparação salarial com funcionários estaduais e redução de carga horária não foram atendidas pela prefeitura. A decisão foi em assembleia geral onde participaram mais de 700 profissionais, de acordo com o Sintep. Uma parcela foi contrária.
A prefeitura não aceitou fazer a equiparação para cerca de 1,4 mil servidores que o sindicato vem cobrando desde o início do ano. Os que trabalham para o município querem ter a mesma carga horária e salário dos estaduais. "Só agora a prefeitura nos respondeu que não tem como fazer a equiparação salarial dos servidores municipais com os servidores do Estado porque está no limite prudencial de gastos estipulado por lei", disse a presidente Sidnei Cardoso. "Mais uma vez a prefeitura vem com esta desculpa do limite e mostra falta de planejamento. A gente quer um plano para fazer a equiparação, que seja gradativamente em 3 anos. Quem trabalha 40 horas hoje, vai dimunuir para 36 hs ano que vem. No próximo ano, reduziria para 33 e no terceiro ano cairia para 30 horas", explicou. "Os professores estaduais fazem o mesmo trabalho dos municipais e recebem mais. Cobramos que seja igual", emendou. Os estaduais trabalham 30 horas semanais e recebem R$ 1.747. Os municipais cumprem 40 horas e ganham R$ 1.697.
"Esperamos repetir a adesão do movimento de 2011 quando houve 100% de participação e os servidores mostraram sua força e tivemos conquistas", concluiu a dirigente sindical.
Sinop tem mais de 14 mil alunos nas escolas municipais.
O limite prudencial é o teto máximo estipulado em lei que prefeituras podem atingir com gastos da folha salarial dos servidores municipais.
(Atualizada às 08:42 em 17/7h)