O Sindicato dos Trabalhadores e Profissionais do Ensino Público (Sintep) de Colíder informou que a greve na rede municipal vai continuar. Recentemente foi formada uma comissão, com representantes do sindicato, vereadores e contadores da prefeitura, para analisar os dados do orçamento. De acordo com o representante do Sintep, José Moreira, os números apresentados pela administração podem ser alterados com algumas decisões administrativas como "enxugar a folha de pagamento e redimensionar matrículas do ensino fundamental".
Segundo Moreira, atualmente, a administração tem 92 funcionários nomeados, sem concurso público. "Se o prefeito não tomar uma atitude, não conseguir administrar, não vai ter acordo. Ele pode redimensionar as matrículas, dividindo com a rede estadual", afirmou. Enquanto isso, a greve iniciada no começo do mês, vai continuar. "A principal reivindicação da categoria é a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que há três anos é adiada pela gestão municipal", informou o sindicato.
"Um estudo realizado pela subsede do Sintep de Colíder mostrou que o reajuste nos salário deve ser de 11,56%, enquanto a prefeitura anunciou que irá pagar um aumento de 8,32% para os professores. Para os outros trabalhadores da educação o reajuste seria de 5,91%. Entramos com uma ação no Ministério Público porque recebemos várias denúncias de que os contratados foram pressionados para continuar trabalhando. O nosso estudo é baseado nas receitas do município, por isso, continuaremos na luta para que todos possam receber um aumento justo e em igual percentual, pois se trata de carreira única", afirmou a presidente Edina Martins de Oliveira.
Ontem mais uma vez foi retirado da pauta da sessão da Câmara o projeto de lei do Executivo que concede reajuste diferenciado de 8,32% para os professores, a partir de janeiro e 5,91% na data base (março) para os demais profissionais da Educação (merendeiras, motoristas, zeladoras, vigias, entre outros). O Sintep faz questão que o reajuste seja aplicado para toda a categoria.
O prefeito Nilson Santos explicou recentemente, ao Só Notícias, que atualmente trabalha com 40 pessoas a menos que em 2012, com alguma deficiência no quadro administrativo, mas não há mais onde enxugar.