Os técnicos administrativos da rede municipal de Educação permanecerão em greve sem previsão de suspensão do movimento. A decisão foi tomada, esta manhã, durante assembleia. O motivo é a falta de um avanço “concreto” nas negociações entre a categoria e a Secretaria municipal de Educação. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em Sinop, Sidinei Cardoso, havia iniciado uma conversação entre ambas as partes e poderia ocorrer uma redução gradativa na carga horária de trabalho dos profissionais, passando de 40 para 30 horas semanais. No entanto, hoje, afirmou que nada foi oficializado e que tudo não passou de uma conversa “informal”.
Conforme Só Notícias já informou, a retomada do movimento grevista foi aprovada na semana passada e os trabalhos novamente suspensos a partir de hoje. No ano passado, a mobilização durou do dia 18 de novembro até 20 de dezembro. Caso a medida mencionada viesse a ser concretizada, serviria para promover um “equilíbrio” nos salários dos trabalhadores, tendo em vista que, segundo o Sintep, recebem menos que os mesmos servidores do Estado, que trabalham apenas 30 horas. A diferença salarial, considerando a remuneração e o número de horas trabalhadas a mais, seria de 125%.
Atualmente, Sinop possui 172 técnicos administrativos, distribuídos entre as escolas e creches. Ainda não foi divulgado o número exato de profissionais que cruzaram os braços nesta segunda-feira, mas a estimativa apontada inicialmente era de que passasse dos 50%. Entre as reivindicações apresentadas no ano passado, solicitavam uma reparação salarial de 17,45%.
Quanto a situação que envolve os demais profissionais da rede municipal de Educação, como professores e apoio técnico, a sindicalista afirmou que a proposta de redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais à todos os trabalhadores, incluindo os técnicos em greve, será oficializada pelo Sintep e enviada através de ofício à Secretaria de Educação. A partir daí, irão aguardar uma resposta da prefeitura e no dia 19 de março devem se reunir novamente para analisar a situação. Todos os profissionais pedem reajustes salariais, sendo que, segundo o sindicato da categoria, os mesmos trabalhadores do Estado recebem os mesmos salários ou até mais e trabalham apenas 30 horas semanais.
Além disso, pedem correção no reajuste salarial concedido este ano, que foi de 5,58%, enquanto que o nacional foi de 8,32%.