O ano letivo inicia hoje para uma parte das quatro mil crianças, adolescentes e jovens que estudam na rede particular de ensino. Algumas escolas particulares que não começaram hoje, retomarão as aulas no dia 3 de fevereiro. Já a rede municipal de ensino, que conta com mais de 13 mil alunos, também deverá retomar as aulas a partir de fevereiro, assim como as faculdades e escolas de idiomas. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também retomou hoje as aulas. Diante disso, o comércio já se prepara para grande movimentação na busca dos pais por materiais escolares.
O que está sendo notado por quem já fez a compra, é a alta significativa no preço dos materiais. A alta do preço do papel, do dólar e a elevada carga tributária são os principais vilões no aumento do preço dos livros didáticos e de materiais escolares, segundo entidades ligadas ao setor. A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) aponta a alta cobrança de tributos, que pode chegar a 47% do preço final.
Nos itens de papelaria, como cadernos, canetas, cola, giz de cera, que fazem parte da lista de material dos estudantes, a Abfiae, que reúne marcas como a Faber-Castell, Tilibra e Bic, diz que não é possível padronizar a taxa de aumento. O setor é bastante pulverizado e os preços variam muito de acordo com a concorrência. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que a carga tributária responde por 47,49% do preço de uma caneta, por exemplo.
No caso de uma régua, a taxa chega a 44,65%, e de um lápis, a 34,99%. A associação acredita que uma redução do PIS e da Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) poderia significar queda de 10%. A melhor dica, como sempre, é fazer uma boa pesquisa de preço e optar por lojas onde se possa negociar preços menores.