O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) descartou, em assembleia geral, esta tarde, uma nova greve na rede estadual de Educação. Na semana passada, os profissionais que atuam em Sinop haviam se posicionado favoráveis a uma nova paralisação, que começaria a partir desta terça-feira (14). Porém, a maior parte das subsedes do sindicato não estariam “preparadas” para tal decisão. Por este motivo, foi decidido que haverá apenas dois dias de mobilização nos dias 23 e 31 deste mês. Nesse caso, cada cidade determinará se fará ato público e se cruzará os braços, nas referidas datas, conforme explicou a presidente do Sintep em Sinop, Sidinei Cardoso.
Conforme Só Notícias informou, a alegação do sindicato para uma possível retomada do movimento grevista é o posicionamento do governo do Estado, que sugere o não pagamento do salário referente ao mês de janeiro a todos os profissionais não concursados que estão trabalhando na reposição de aulas. Em Sinop, eles representam mais de 50% do efetivo no município, segundo a entidade.
De acordo com a presidente, durante o período em que estiveram com as atividades paralisadas, no ano passado (de 12 de agosto à 18 de novembro), os profissionais receberam seus salários. Porém, como o vínculo empregatício dessas pessoas, com o Estado, se encerra em dezembro e só é “retomado” em fevereiro, o governo não que pagar este mês, quando as escolas estão fazendo reposição de aulas. Já os efetivos (concursados) recebem normalmente.
“Como que as pessoas irão trabalhar sem vínculo empregatício algum? E se acontece alguma coisa, quem vai responder por isso?”, questiona Sidinei, apontando o fato como outra preocupação da classe.
Na assembleia de hoje, portanto, foi orientada a não obrigatoriedade de trabalho desses profissionais, ou seja, quem não quiser continuar trabalhando em janeiro contará com o apoio do Sintep, inclusive apoio jurídico.