A Secretaria Estadual de Educação divulgou nota, há pouco, sobre a decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sintep) de manter dois dias de paralisação, expondo que, em conversas anteriores também com o secretário de Gestão Júlio Modesto, foi detalhada a situação do Estado diante da crise econômica no país que leva muitas unidades federativas a adotar medidas que afetam o salários. Apesar das dificuldades, o governo mantém o pagamento em dia de todos os servidores
"Os profissionais da Educação terão garantido este ano 100% do reajuste anual, fixado em 6,22%, dos quais de 3,11% foram pagos em maio e o restante na folha do próximo mês. As perdas deste período – junho a novembro – serão quitadas para os profissionais efetivos da educação em janeiro e, no caso dos servidores contratados, em dezembro devido à finalização do contrato temporário. Além disso, o governo pontua que todos os servidores da educação receberam 6% de ganho real salarial referente ao cumprimento da Lei Complementar nº 510/2013, ou seja, já tiveram um acréscimo salarial de 9,11 %, em maio".
A área econômica do governo esclarece ainda "que qualquer outro avanço nas negociações, em termos salariais, só poderá ser aplicado com o crescimento real das receitas públicas de Mato Grosso. Estes valores estão sendo acompanhados por uma comissão de servidores públicos, por meio do Fórum Sindical. A secretaria também destaca que está acompanhando a receita do Estado para que seja priorizada a realização de concurso público, até o momento inviabilizado para este ano por conta do comprometimento da receita com a folha de pagamento dos servidores, que está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)".
O Sintep iniciou hoje a “marcha estadual em defesa e promoção da escola pública e por nenhum direito a menos” com ato público, em frente à Assembleia Legislativa, seguido por acampamento e panfletagem. Amanhã, os trabalhadores farão passeata até o Centro Político e Administrativo. O objetivo "é denunciar e exigir dos governos compromisso com a Educação em defesa e promoção da escola pública, sob o lema “nenhum direito a menos". O Sintep aponta que a mobilização é um marco no protesto dos Educadores, que tiveram a quebra de direitos promovida pelos governos municipais e estadual. Nos municípios o desafio é o cumprimento da Lei Federal 11.738/2008 (Piso Salarial) e a garantia da carreira única. No Estado, o desrespeito maior vem na forma de parcelamento da reposição da inflação fragmentando a conquista da Lei 510/2013, além de outros pontos".