As aulas na Universidade do Estado de Mato Grosso, em todos os campi, serão paralisadas, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira. A decisão foi tomada esta tarde, em assembleia, na sede da universidade, em Cáceres, em protesto à medida do governo do Estado de recompor apenas 3,11% das perdas inflacionárias sobre os subsídios na data-base de maio.
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), Luiz Jorge Basilino, disse, ao Só Notícias, que os servidores aguardam uma reunião com o governador, na segunda-feira, e ameaçam entrar em greve, caso não haja acordo. Os profissionais querem que o Estado cumpra com a reposição integral do INPC na data-base, que seria de 6,22%. “Até que ele modifique a decisão dele e implemente a totalidade das perdas, a intenção é continuar com a paralisação e indicativo de greve. Na terça-feira, uma nova assembleia está marcada para discutir o resultado da reunião com o gestor”.
A paralisação envolve mais de 1 mil servidores e afeta cerca de 15 mil alunos, em várias cidades de Mato Grosso.
Conforme Só Notícias já informou, servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) paralisaram as atividades somente hoje, também em protesto às perdas salariais. O sindicato destes servidores (Sinetran) emitiu uma nota apontando que o que está sendo imposto pelo governo é uma afronta aos direitos dos servidores públicos.
A paralisação geral ocorreu tanto na sede, na capital, quanto em todas as Ciretrans do interior e também agências VIPs. Na sexta-feira, o expediente será retomado. Uma nova assembleia geral da categoria também deve ocorrer na terça-feira (26). O próprio governador Pedro Taques anunciou a recomposição de 3,11% para todos os servidores na última sexta-feira e os outros 3,11% até dezembro do ano deste ano.
No entanto, isso não agradou a todos, já que por lei estadual o índice deveria ser de 6,22% como um todo e não parcelado. O Fórum Sindical, que engloba 27 sindicatos dos servidores estaduais, se reuniu, ontem, com o secretário de Estado de Gestão, Júlio Modesto, que ficou de apresentar uma proposta na próxima segunda-feira para os sindicatos. Porém, não deu garantias de que os outros 3,11% serão concedidos de imediato.