O governo estadual está elaborando o projeto Novo Horizonte para desenvolver uma política integrada de enfrentamento a evasão escolar e ao trabalho infantil. A proposta, baseada em boas práticas, foi apresentada hoje à Secretaria de Estado de Educação durante reunião do titular da Secretaria de Trabalho e Assistência, Valdiney de Arruda e equipe técnica. “Trata-se de um plano de intervenção para o enfrentamento da evasão escolar e do trabalho infantil em Mato Grosso tendo como público alvo estudantes do ensino médio da rede pública, com idade de até 18 anos, membros de família em situação de vulnerabilidade social ou que sejam egressos do trabalho infantil”, detalhou Valdiney de Arruda, citando o último censo do IBGE (2010) que apontava 16,7 mil crianças trabalhando no Estado.
Este é um dos indicadores que serviu como base para a elaboração do projeto, cuja meta é aperfeiçoar e consolidar um modelo de transição escola-trabalho eficiente aos adolescentes e jovens com vistas a erradicação do trabalho infantil, redução da evasão escolar e diminuição de ato infracional.
Para tanto, foram traçadas duas estratégias de ação. A primeira fundamentada na articulação de políticas públicas de desenvolvimento social, educação e profissionalização, que ofereça formação laboral, proteção integral e emprego juvenil a adolescentes em situação de trabalho infantil ou risco de envolvimento com as piores formas de trabalho infantil, em diferentes setores produtivos.
A segunda estratégia é possibilitar aos estudantes acesso ao universo de desenvolvimento da ciência e tecnologia por meio de uma bolsa de pesquisa e orientação adequada para que possam participar da construção da ciência, evitando assim situações de trabalho infantil ou mesmo situações de trabalho degradante.
“O Novo Horizonte tem como objetivos específicos o combate a evasão escolar e ao trabalho infantil, utilização da ciência como ferramenta de inclusão social e o fortalecimento do processo de formação continuada nas escolas públicas de Mato Grosso”, acrescentou o secretário.
Valdiney de Arruda observou, por outro lado, que o plano também busca incentivar jovens estudantes das escolas públicas do Estado a participarem do processo de desenvolvimento da ciência e tecnológica e estudantes de baixa renda a fazerem um ensino técnico ou superior.
A proposta foi bem recebida na Seduc. “Achamos o projeto viável , traz objetivos em comum e, portanto, vamos avançar nesta discussão”, avaliou o secretário adjunto Gilberto Fraga. Novas reuniões serão agendadas para os devidos encaminhamentos, com a perspectiva de que o projeto se transforme em uma política pública perene em Mato Grosso.
A informação é da assessoria do governo.