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Servidores de Hospital Regional Sorriso não recebem e reduzem atendimento

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Uma parte dos atendimentos no Hospital Regional de Sorriso, que atende pacientes de 13 cidades do Nortão, está suspensa porque os profissionais não receberam salários de outubro, horas extras e de produtividade desde setembro. Médicos, enfermeiros e auxiliares decidiram cumprir apenas a carga horária estipulada em contrato e suspender atendimento em outros horários.

O quadro clínico da instituição decidiu que não trabalhará mais fazendo horas extras e alguns atendimentos tiveram que ser suspensos pela direção, como os ambulatoriais e as cirurgias eletivas.

“O que acontece é que temos uma deficiência no quadro clínico e isso acaba sobrecarregando os profissionais ativos. Eles têm que cumprir além do que está no contrato de trabalho em horas extras e não estão recebendo por isso. Ontem, recebemos uma informação do Consórcio Intermunicipal de Saúde de que não existe previsão para o pagamento das folhas atrasadas, então os médicos decidiram não fazer mais horas extras”, explicou, ao Só Notícias, a gerente geral do hospital, Otélia Regina Hahn.

Ela acrescenta, ainda, que a solução encontrada para que todas as atividades do hospital não fossem paralisadas foi remanejar alguns atendimentos. “Vamos atender somente os casos de urgência e emergência. Por enquanto, não atenderemos nada que seja agendado. Assim conseguimos remanejar a carga horária do quadro clínico e fazer com que ele atenda 24 horas”, ressalta.

Ao todo, 42 médicos estão atuando no hospital e sem receber o adicional dos plantões de horas extras. O pagamento de produtividade corresponde a um adicional baseado na produção mensal do hospital e atinge aos seus 475 servidores. Otélia afirma que o montante devido aos funcionários, entre horas extras, folhas de pagamento e produtividade é de aproximadamente R$ 996 mil.

A Secretaria Estadual de Saúde ainda não se posicionou sobre o assunto. O Hospital Regional de Sorriso funciona em sistema de consórcio. Prefeituras de 13 cidades da região encaminham pacientes para serem atendidos no hospital, que é equipado com UTI, e os custos são rateados. A folha é bancada pelo Estado.

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