O secretario de Estado de Saúde, Augustinho Moro, recebeu comunicado oficial do Ministério da Saúde parabenizando Mato Grosso pelos resultados positivos obtidos na atualização da base de dados de registros de casos de hanseníase. O Estado apresentou uma queda de 44 por cento de prevalência da doença. No ano de 2004 o registro era de 18 casos para cada 10 mil pacientes. Em junho de 2005 os registros apontam 10 casos para cada 10 mil habitantes e uma taxa de abandono de 17% quando no ano de 2004 o abandono era de 22,9%.
O secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, afirmou que “os resultados advêm da ação governamental no enfrentamento à doença, de forma pontual, justificado no minucioso trabalho de atualização de registros e adequação dos cálculos da prevalência, realizados pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Saúde, no fortalecimento das parcerias com os municípios prioritários para a doença, incluindo a ação junto aos Psfs na capacitação dos agentes comunitários de Saúde para o diagnóstico, a busca ativa e o tratamento da doença”, lembrando que as campanhas serão intensificadas no sentido de buscar um índice verdadeiramente baixo e próximo do zero, que é a meta do Estado.
O Ministério da Saúde se dispôs ainda em apoiar as ações de eliminação da hanseníase no Estado, participando em todas as etapas do processo. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa da Silva Jr, assegurou que “neste momento é importante demonstrarmos o nosso reconhecimento ao esforço empreendido por este Estado para o cumprimento das metas pactuadas e nossa satisfação com os resultados ora apresentados”.
O superintendente de Atenção Integral à Saúde, Victor Rodrigues, esclareceu que o Estado tem a incumbência de supervisionar as ações nos municípios prioritários com reforço na capacitação e multiplicação do conhecimento no enfrentamento da doença. Esses municípios são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Alta Floresta, Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Peixoto de Azevedo, Sinop, Sorriso, Marcelandia, Barra do Garças, Nova Xavantina, Juina, Juara e Cáceres.
A essa altura, segundo Victor Rodrigues, os postos do Programa Saúde da Família (PSFs) são imprescindíveis na busca residencial dos pacientes para receberem os cuidados com a atenção básica da Saúde. “Sãos os médicos do PSFs que estão capacitados para dar os resultados positivos dessas ações”, ressaltou o superintendente.
Para isso está sendo realizado e levantamento das unidades do PSF com vistas a que todas cheguem a estar capacitadas para a realização do trabalho de enfrentamento à hanseníase de modo descentralizado. “Um núcleo de técnicos da Saúde do interior já recebeu a capacitação necessária para o atendimento”, lembrou Victor Rodrigues. “Agora eles irão atuar como multiplicadores dessa capacitação, levando a informação a todos as outras unidades do PSF nos municípios prioritários do interior do Estado”.
O superintendente anunciou que um projeto que está sendo desenvolvido para o fortalecimento das ações de enfrentamento à hanseníase inclui a criação de um Atlas e um livro de bolso que funcionarão como manuais de combate à hanseníase. O projeto está sendo elaborado pelo médico Roberto Kazan, devendo entrar na fase de estudo de dotação orçamentária.
O secretário adjunto de Saúde, Antonio Augusto de Carvalho, comentou que “os números que levaram o Ministério da Saúde a elogiar Mato Grosso, por si só, demonstram que a política estadual de fortalecer e interiorizar as ações de Saúde, principalmente atacando as doenças endêmicas, é o resultado de uma política de Governo correta”.