Desde 2001 a Secretaria Municipal de Saúde em Sinop vem fazendo um monitoramento e balanço dos casos de leishmaniose registrados e atendidos no município. Até o momento foram 960. Desses, 44 só neste ano. O índice de abandono de tratamento também foi calculado mas é pequeno, segundo a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Sandra Regina Inocêncio de Oliveira, apenas 10%.
“Esse é o número até final de 2004. Como o tratamento dura em média 20 dias, algumas pessoas deixam de fazer por cerca de um mês e depois retomam. Então só consideramos abandono mais de 60 dias”, disse ao Só Notícias.
Há dois tipos de leishmaniose. A visceral e a pegumentar americana, mais conhecida como cutânea, é também, a mais comum. A visceral é rara e afeta os órgãos, como baço, fígado e rins. A leishmaniose visceral em si não leva a óbito, o que pode matar o doente são as doenças crônicas que ficam como seqüelas. Por exemplo, a doença é tratada mais o infectado acaba desenvolvendo doença de rins.
As duas formas de infecção são transmitidas da mesma maneira, através da picada do mosquito infectado. O desenvolvimento de uma ou outra depende do tipo de protozoário que o transmissor adquiriu. A leishmaniose visceral é desenvolvida através do protozoário Leishmania brasiliensis e a leishmaniose cutânea através do Leishmania donovani.
O tratamento para as duas infecções também é o mesmo, com aplicações endovenosas de antibióticos, é gratuito e encontrado em qualquer posto de saúde. A fase de desenvolvimento e percepção da doença, leva em torno de 30 dias após a picada do mosquito. A saliva do transmissor leva o protozoário, no caso da cutânea, até a pele. Como a pessoa infectada coça o local a ferida, de fundo plano e rosado, sem nenhum tipo de secreção, começa a se abrir e aumentar de tamanho gradativamente. Em Sinop não foi registrado nenhum caso de óbito pela leishmaniose pegumentar americana e nenhum caso de leishmaniose visceral.