Combater a tuberculose é uma das principais metas do Ministério da Saúde em todo o País. A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) promoveu esta semana a Oficina de Mobilização, Supervisão e Avaliação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), em Campo Grande (MS). Reuniu técnicos das secretarias estaduais e municipais de saúde das regiões Norte e Centro-Oeste para acompanhar e avaliar as ações do PNCT nessas áreas. A oficina já passou pelas regiões Sudeste, Nordeste e Sul.
Em 2003, os estados com as maiores incidências de tuberculose na região Norte foram Amazonas (68,5/100 mil), Pará (53,1/100 mil) e Acre (47/100 mil). No Centro-Oeste, foram Mato Grosso (40,2/100 mil) e Mato Grosso do Sul (38,7/100 mil).
Desde 2004, já foram aplicados R$ 119,5 milhões no PNCT, o maior investimento dos últimos 10 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, o recurso vai permitir, até 2007, capacitar profissionais de saúde para o diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica da doença.
Segundo o Coordenador do PNCT, Joseney Santos, a doença é tratada como prioridade pelo governo federal. “É uma prioridade para o governo brasileiro combater a tuberculose, porque nós consideramos que a tuberculose é uma doença que tem condições de ser atacada. O Brasil tem há mais de 30 anos uma distribuição gratuita de medicamentos, uma rede de saúde que consegue detectar os casos, falta a gente melhorar nossos índices de cura”, disse.
A tuberculose é uma doença transmitida pelo paciente quando ele fala, espirra ou tosse, por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. A doença, causada pelo microorganismo Mycobacterium tuberculosis, pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O tratamento é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A cada ano, no Brasil, aparecem 85 mil novos casos e seis mil pessoas morrem. O Brasil consegue detectar 80% dos casos estimados de tuberculose e curar pelos menos 70% destes.