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Audiência pública vai discutir banco de células tronco em Mato Grosso

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Como uma folha em branco”. Assim pode ser descrita a versatilidade das células-tronco, microorganismos capazes de se transformarem em células específicas de qualquer órgão do corpo humano. Com papel importante na cura em potencial de doenças como o câncer, infarto dentre outras, essas células podem escrever a história de indivíduos e da medicina.

No Brasil, um projeto acaba de regularizar o aproveitamento de células-tronco embrionárias, congeladas há pelo menos três anos, em pacientes. Em Mato Grosso o assunto será debatido em audiência pública com data a ser definida. A audiência foi requerida pelos deputados Dilceu Dal´Basco e Humberto Bosaipo, autores de projetos que regulamentam o tema. Bosaipo propôs a Criação do Banco Estadual de Células Tronco e Dilceu, regulamenta a doação do cordão umbilical dos recém-nascidos em hospitais da rede pública de Mato Grosso.

Segundo o deputado Dilceu D’ Bosco “a audiência vai possibilitar que a sociedade organizada busque a melhor maneira de adequar o estado para receber as pesquisas que estão que estão sendo chamadas de células da esperança”.

Para a médica Natacha Slhessarenko é fundamental que se aprofunde a discussão no estado. “Esse assunto e um dos mais pesquisados na internet, todos buscam saber, pessoas que tem leucemia, diabetes, mal de Alzheimer, dentre outras doenças, outras curiosas por saber mais e essas pessoas estão acreditando no potencial dessas pesquisas, para que isso, possa tornar a vida deles de maior qualidade”, disse.

A médica se mostra preocupada com outras questões: “Cuiabá hoje, já faz parte de um grande centro médico, sou favorável de se ter banco público com acesso para todos, mas é um investimento muito alto, existem outras prioridades no momento, que deveriam ser assumidas antes disso. Um exemplo e a anemia da população mais carente e saneamento básico” ponderou.

Ela explicou que será sempre uma defensora do banco de cordão umbilical, mas “se fosse gestora de uma cidade ou de um estado, priorizaria as coisas básicas como dar uma excelente educação, saúde para depois tratar desse assunto”.

A médica informou que na clínica em que trabalha iniciou o trabalho de coleta sangue de cordão umbilical em janeiro de 2005, inicialmente com 15 atendimentos. O sangue coletado foi enviado para São Paulo e depois de vários testes o material foi congelado. “Esse cordão poderá ser um seguro de vida para essa criança, se em alguns anos essa criança tiver um acidente e ficar paralítico poderá utilizar esse material guardado”, explica.

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