A Secretaria de Estado de Saúde oficializa os dados referentes aos casos de dengue, em Mato Grosso, retificando os dados anteriormente divulgados pela Vigilancia Epidemiológica. Até novembro de 2006 foram notificados 11.411 casos com suspeita da doença, em todo o Mato Grosso, destes 4.881 foram confirmados como sendo ocorrência de dengue. No mesmo período, do ano de 2005, foram notificados 8.860 casos com suspeita de dengue sendo que 4.914 foram confirmados.
“Esses números demonstram um aumento de 21% dos casos notificados, o que significa, para a Saúde do Estado, que os municípios melhoraram seus mecanismos de investigação e busca de ocorrências de casos. Já nos casos confirmados da doença os números indicam queda de 6%”, explicou o coordenador da Vigilancia em Saúde Ambiental, Oberdan Ferreira Coutinho Lira.
Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), fechados até outubro de 2006, Mato Grosso ocupa a 9ª posição no ranking nacional dos Estados que apresentam notificação da dengue. O primeiro do ranking, com 43.282 casos, é São Paulo. Em segundo lugar aparece o Estado do Ceará, com 34.188 casos. A terceira posição é ocupada pelo Estado do Rio de Janeiro, com 29.288 casos da doença. Na quarta posição, com 26.808 casos, aparece o Estado de Goiás. O quinto lugar é ocupado pelo Estado de Minas Gerais, com 26.573, Pernambuco, com 16.651 casos, ficou com a sexta posição, Espírito Santo, com 14.479 casos, tem o sétimo lugar no ranking nacional, Mato Grosso do Sul, com 13.909 casos, está em oitavo lugar e Mato Grosso, com 11.411, na nona posição.
“É importante que se divulgue o ranking porque Mato Grosso é um Estado propício para a endemia, por pertencer a Amazônia Legal. As ações que o Estado desenvolve são de resposta rápida e pontual. O Estado trabalha intensamente no monitoramento dos 141 municípios para baixar ainda mais o número de casos confirmados. Notificamos, neste ano, 11.411 casos e confirmamos 4.881”, disse Oberdan Lira.
No ranking da região Centro Oeste o Estado de Mato Grosso ocupa o 3º lugar em número de casos notificados, abaixo dos Estados de Goiás e de Mato Grosso do Sul. No ranking regional apenas o Distrito Federal, com 1.137 casos, está em melhor posição do que Mato Grosso. O Ministério da Saúde também alista Mato Grosso como o 12º colocado em ocorrência de dengue hemorrágica, de janeiro a outubro de 2006, com registros de 6 casos e um óbito causado pela doença. De janeiro a outubro de 2005 foram confirmados 14 casos de dengue hemorrágica, com 04 óbitos registrados.
Ações
A Secretaria de Estado de Saúde neste ano, como estratégia de prevenção ao prolongamento das chuvas, e se antecipando às ações de enfrentamento da dengue, montou um plano de contingência no período de maior incidência da doença, com a realização de capacitações e realização de parcerias com os municípios nas ações de enfrentamento da doença.
As implementações das ações de vigilância e controle da dengue no Estado passam pela motivação aos municípios para que aumentem suas notificações, além de intensificar as ações de identificação de criadouros, de casa em casa, bloqueio químico, e as capacitações voltadas aos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros da rede básica deixando-os aptos a prestar melhores serviços aos usuários do SUS no âmbito do controle da dengue, além da sensibilização dos municípios na aplicação do Programa Estadual de Combate a dengue.
Outra estratégia adotada no Estado é o envolvimento nas parcerias dos municípios, dos movimentos populares, das entidades civis organizadas, numa mobilização ampla do enfrentamento à doença.
“A Saúde do Estado vem se aprimorando nas ações de enfrentamento da dengue buscando cada vez mais estabelecer parcerias com os municípios, entidades civis organizadas e a sociedade, por entender que a dengue é um problema que afeta a todos e, sendo uma doença urbana e que está dentro das casas, existe a necessidade de compartilhamento de todos. O Estado tem a missão de monitorar os 141 municípios nas ações de enfrentamento da doença e, acima de tudo, promover capacitações na propagação dos conhecimentos”, disse Oberdan Lira.