O secretário de Saúde de Sinop, Valério Gobatto, deverá estar se reunindo nos próximos dias com o prefeito Nilson Leitão para discutir o planejamento da secretaria para o próximo ano. Uma das necessidades levantadas pelo secretário é o treinamento de servidores da saúde, desde recepcionistas aos outros cargos para manter a qualidade dos serviços prestados. “Temos que ver qual será o orçamento de 2007, para nos adequarmos e ver o que poderemos implantar. Neste ano por exemplo, tivemos uma diminuição na arrecadação de impostos”, explicou ele. Para o Pronto Atendimento, ele explicou que neste ano, o investimento foi no número de profissionais
“Neste ano, foram contratados 7 profissionais médicos, mais técnicos, enfim, toda a equipe foi ampliada. O que acontece é que quando o Pronto Atendimento Municipal (PA) foi aberto em 2001, atendia cerca de 25% do que atende hoje, o que significa um aumento de demanda em quatro vezes durante os seis anos de funcionamento” disse ele.
Hoje, o PA tem atendido pessoas de vários municípios vizinhos, chegando, até mesmo, a acolher outros Estados como o Pará, por exemplo. Já os números do PA de Sinop são bastante reveladores. Conforme os registros, há uma disparidade muito grande entre os procedimentos orçados e os realizados. As especialidades mostram um aumento de percentuais de pouco mais de 170%, ou seja, o orçamento é para 5,613 mil, mas somente no mês de outubro foram realizados 15,191 mil. O mesmo aconteceu com os atendimentos médicos com observação até 24h, com indicadores diferenciais de 121%.
Outro ponto, segundo Gobatto, que reflete muito bem a situação enfrentada são os atendimentos médicos de urgência e emergência. “Não há orçamento para este tipo de serviço, no entanto realizamos 3,232 mil no mês passado”, ressalta o secretário questionando se nesses números não podem estar inclusas pessoas de outros municípios.
Gobatto diz que não é viável investir na ampliação da estrutura física do Pronto Atendimento, com a inauguração do Hospital Municipal prevista para julho do ano que vem. “É necessário que a população se conscientize e deixe o PA para resolver os casos de emergência, ou seja, que não tornem prioridade as consultas corriqueiras. É preciso que façam uma auto-análise de sua deficiência e recorram à Unidade de Saúde de seu Bairro onde poderão ser atendidos com mais calma sem gerar transtorno para os que realmente estão necessitando de atendimento de urgência”, finaliza.