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Mato Grosso terá serviço de transplante de medula óssea

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Mato Grosso passará a contar com o serviço de transplante de medula óssea no segundo semestre. A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) em parceria com o Hospital Geral Universitário (HGU) firmou convênio no ano de 2005 para a construção da Unidade de Transplante de Medula Óssea e também a instalação do Laboratório de Histocompatibilidade.

O Laboratório servirá para a realização de exames de compatibilidade do possível doador e receptor o que garantirá a realização desse serviço no Estado de Mato Grosso, não sendo mais necessário o encaminhamento de pacientes a outros Estados, ou seja, a utilização de tratamento fora de domicílio (T¨FD).

O diretor do HGU, Vander Fernandes, disse que a obra já se encontra em fase de conclusão. Enquanto isso tomou providências no sentido de credenciar o serviço junto ao Ministério da Saúde (MS).

O Secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, informou que o Estado vem se preparando para a abertura deste novo serviço. No ano de 2005 foi implantado o serviço de cadastro de Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) que já conta com 800 pessoas cadastradas.

Mato Grosso realiza transplantes de córneas, rins e enxerto ósseo. “Para aperfeiçoar ainda mais os serviços de transplantes no Estado está sendo viabilizado o funcionamento do Banco de Olhos de Mato Grosso. O Banco funcionará no Hospital dos Olhos e será mais uma importante parceria que o Estado firma na melhoria dos serviços”, explicou o secretário.

Segundo dados da Central de Transplantes o Estado já realizou 166 transplantes de rim, (doadores vivo e cadáveres). Foram realizados 233 transplantes de córnea e 19 de enxerto ósseo. Atualmente, 550 pessoas aguardam por um transplante de rim e outros 280 pacientes por uma córnea.

“No atendimento dessa necessidade, no tratamento de diversas doenças que precisam da substituição de órgãos, é que o Estado vem gradativamente implementando os serviços de acordo com a demanda, o que é determinante para a melhoria da qualidade e da perspectiva de vida de muitos usuários do Sistema Único de saúde (SUS)”, completou Augustinho Moro.

O Estado também se preocupa e trabalha com a sensibilização da comunidade para o processo de doação lançando campanhas que visam esclarecer as regras da doação de acordo com a legislação brasileira. “Este trabalho de sensibilização é considerado um dos mais importantes porque sem a doação do órgão não há possibilidade da execução do serviço. O gesto de doação é a garantia do acesso aos pacientes que necessitam de transplantes a uma nova chance de vida. O serviço de sensibilização tem como objetivo principal a redução do número de pacientes na lista única de órgãos e tecidos”, explicou o secretário.

Na complementação dos serviços o Estado vem investindo na formação das Comissões Intrahospitalares, tanto em hospitais como em Prontos-Socorros, que têm a missão de notificar e sensibilizar as famílias quando há registro de casos de morte encefálica para o desencadeamento do processo de doação e, conseqüentemente, os procedimentos de transplante respeitando as regras e a lista única de receptores de órgãos e tecidos.

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