Está confirmado. O caramujo que está sendo encontrado em praticamente todos os bairros de Sorriso é da espécie africana. O laudo foi recebido esta semana pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Sorriso, Sardi Trevisol. O caramujo africano pode transmitir uma série de doenças para o homem, sendo que as pessoas não devem manipulá-lo sem luvas, pois o simples contato pode causar o contágio.
Sardi informou ao Só Notícias que as Secretarias de Saúde e Agricultura e Meio Ambiente, juntamente com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o Ibama, já estão orientando a população sobre como combater a praga. “É preciso tomar certos cuidados na eliminação dos caramujos. A melhor forma é incinerá-los. Para recolher os caramujos é preciso usar luvas ou proteger as mãos com sacos plásticos. É importante também evitar que as crianças tenham contato com esses moluscos”, disse ele.
O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças. Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.
A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção. Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito. O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.